domingo, 12 de junho de 2011

Quem é Complicada?

Se agente se insinua, é uma mulher atirada.
Se agente fica na nossa, tá dando uma de difícil.
Se agente aceita transar no início, é uma mulher fácil.
Se agente não quer ainda, tá fazendo doce.
Se agente põe limitações, é autoritária.
Se concorda com o que ele diz, é uma tonta.
Se a mulher trabalha é ambiciosa.
Se não tá nem aí é dondoca.
Se gostamos de conversar sobre política e economia é feminista.
Se não se liga nesses assuntos é alienada.
Se a mulher corre para matar uma barata, não é feminina.
Se corre dela, é uma medrosa.
Se agente aceita tudo na cama, é vagabunda.
Se não aceita, é fresca.
Se ganha menos que o homem, quer ser sustentada.
Se ganha mais, tá querendo humilha-lo.
Se agente adora roupas e cosméticos é narcisista.
Se não gosta é desleixada.
Se sai mais cedo do trabalho,é folgada.
Se sai mais tarde, tá dando pro chefe.
Se agente faz cena de ciúmes, é neurótica.
Se não faz, não sabe defender seu amor.

Não pode estourar o cartão de credito;
mas tem que andar bem arrumada.
Não pode ser muito magra, nem muito gorda.
Não pode ter muito peito, nem peito de menos.
Tem que ter bundão, pernão, mas não pode ter celulite nem estrias.

Pô... ainda dizem que a mulher que é complicada.
(Extracted from Facebook - Maria Clara de Carvalho)

Resolvi colar aqui este post do facebook porque achei uma grande verdade no que li. Na verdade nós os homens é que somos verdadeiramente complicados, quando o papo é sexualidade. Os números apontam diáriamente para essa constatação; 70% da procura por consulta em Terapia Sexual são pelo sexo masculino (pausa...to ouvindo e assistindo "coldplay" - very nice!!!), não que eu acredite que os 30% restantes não fazem parte do universo masculino, mas esse grupo eu acho que não tem coragem de pegar o telefone e ligar, ficam meio que no armário... 

As mulheres acabam tentando resolver suas dificuldades nos consultórios dos ginecologistas, que na imensa maioria das vezes, não consegue atender suas expectativas, e quando o assunto é complicado elas acambam procurando um profissional da área de sexualidade. Mas nosso foco é outro aqui, são os "complicados (as)": São os homens!

Mas o texto coloca uma indagação: Quem é Complicada? acho que faltou a palavra "mesmo"; ficaria assim: Quem é mesmo complicada, heim, fala aí?

De qualquer maneira, o que parece complicado para algumas mulheres é perceber que o que está em jogo, quando o assunto é a sexualidade ou sua feminilidade, não é o que parte do "outro", mas sim, o que está por trás dessa "idealização" do que o mundo social espera dessa imagem feminina, e mais, como cada uma dessas mulheres se percebe enquanto sedutoras do mundo social. Eu sei que é meio complicado, mas o mundo relacional é assim mesmo, denso, às vezes neboloso demais para um entendimento único e essencial.

Talvez vivamos numa intensidade de "performances" tão necessárias e urgentes para se relacionar com alguma tribo que nos aceite de vez, sem ter que ficar à beira da unidade, sós..., que tenhamos que arquitetar um plano estético que suporte um pouco da nossa essência e que não fique "out" ao que esperam de nós, naquele grupo (tribo), e assim, possamos fazer parte de alguma coisa, sejamos aceitos e desejados, estaremos incluídos numa organização relacional, e isso faz bem, às vezes (rsrsrs).

A família é a primeira dessas unidades relacionais que fazemos parte, mas como nela estão incluídos os nossos cuidadores desde que nascemos, estamos sempre questionando esse amor; verdadeiro ou condicional? De qualquer maneira, é nela, família que sempre encontramos nosso porto seguro, nossa identificação máxima de segurança. Sendo assim, estamos sempre propensos a voltar, quando as coisas não vão bem. Damos uma fugidinha, experimentamos aqui, alí, acolá, mas quando o perigo sobrevem, saltamos de banda e corremos para o seio da mamãe ou o colinho do papai.

Estar preparado para a "cidade" deslumbrante mas perigosa, faz parte de um processo que envolve uma série de situações e desenvolvimentos que estão relacionados a diversos fatores intra e extra pessoais. A fatalização da nossa aceitação é o aluguel mensal dos erros que cometemos nessa idealização banalizada que permitimos para nosso processo de iniciação nos grupos sociais. É necessário dar um Basta nessa babaquice de construir um ser que está na prioridade dos outros e foge, na maioria das vezes, do nosso bem estar psico-social. Se faz necessário a edificação da nossa identidade "digital", composta por nossas primordiais características, reveladas num "estilo" único e essencial para nosso relacionamento com o mundo.  O resto Amore, é sempre o resto, com o tempo vocês vão ver que o Sol só queima quem não é da praia.

Archi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário