sábado, 10 de dezembro de 2011

Ejaculação Retardada


Muitos homens sofrem de uma disfunção sexual onde não conseguem "gozar"; gozar num sentido amplo, pois não são capazes de atingir um estado de satisfação sexual durante um encontro afetivo sexual e, nem tampouco, conseguem ejacular. Esses indivíduos possuem desejo sexual e excitação sexual mas não conseguem ejacular durante uma relação sexual. Essa disfunção sexual é pouco comum e encontra sua origem em bloqueios emocionais construídos através do tempo de maneira inconsciente, mas dependentes de um condicionamento repetido. Outros casos podem estar associados ao uso de substâncias como os antidepressivos e o uso crônico de álcool.

Acredita-se que esses homens iniciam esse condicionamento de postergar o "gozo" desde o início de suas vidas sexuais, adiando o orgasmo repetidamente com a intenção de agradar suas (seus) parceiras (os) criando, assim uma exagerada necessidade objetiva de não ejacular. As características marcantes em suas personalidades sexuais estão representadas na extrema importância que dão ao desempenho sexual centrado sempre na penetração vaginal. São indivíduos que desenvolvem uma verdadeira fobia e aversão a intimidade emocional associando o sentimento de amar ao sofrimento. Existem alguns que exageram na preocupação com uma possível gravidez e/ou cm as DSTs, levando a um impedimento da ejaculação natural e/ou cresceram em famílias de origem com valores sexuais muito conservadores.

 A emoção sempre conspira nesse ambiente complexo dos que sofrem com essa dificuldade sexual e pode atuar de modo decisivo numa via de mão dupla, ora incentivando o processo de impedimento do prazer sexual, ora atuando positivamente na recuperação do controle ejaculatório quando bem trabalhada na "Terapia Sexual". Tudo tem sua origem no processo de condicionamento da emoção.

Os ejaculadores retardados podem ser divididos em duas categorias clínicas: os que sofrem de ejaculação retardada primária - são os que nunca ejacularam na vida e os que sofrem de ejaculação retardada secundária - são os que já vivenciaram um bom funcionamento ejaculatório antes de aparecer o seu problema. Ambos os casos devem ser tratados com "Terapia Sexual".

A Terapia do Sexo emprega uma técnica de tratar a fobia pela dessensibilização sistemática in vivo, na cama do casal, empregando estimulação erótica com fantasia sexual, através de tarefas sexuais.


"No ambiente do prazer sexual a fantasia encontra a sua essência e plenitude quando possibilita o livre caminho para a transgressão dos valores em prol de um amor sem culpa"
                             
                                                                                                                archi                                                                                 


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Triângulo Amoroso: Jovem Ganha na Justiça Reconhecimento de União Estável


Jovem ganha na justiça reconhecimento de União Estável após ter vivido com um casal por 2 anos, no Rio de Janeiro.
O Tramado por Mulheres, um site especializado para mulheres, apresenta uma história diferente sobre uma estudante de medicina, Ana Beatriz Dalfonso, que ganhou na justiça o direito de ter seus dois anos de relacionamento afetivo com o casal Jussara Lourdes Marinho e Pedro Henrique Marinho, ambos de 42 anos.
Segundo o site baseado na reportagem extraída do informativo ‘Rapidinhas’ escrito e publicado pelo Conselho Regional dos Profissionais do Sexo de Volta Redonda, RJ, Dalfonso, 23 anos, mantinha um relacionamento com o casal Marinho, desde março de 2008. Eles se conheceram em uma casa noturna de swing e desde então ela passou a visitar a casa do casal, até ser convidada para morar na cobertura do casal em Ipanema.
Mas o relacionamento veio ao fim em outubro de 2010, quando após um certo tempo, eles descobriram que a Dalfonso passou a ter um envolvimento afetivo com a filha deles.
Ana Beatriz explicou que com a menor ela de fato possuía uma relação amorosa que extrapolava os limites exclusivamente eróticos que mantinha com o casal, segundo relatou a reportagem.
O juiz da 13ª Vara da Família do fórum central do Rio de Janeiro, Oswaldo Neopomuceno Bryto, aponta em sua sentença que “o casal Marinho em concordância plena levou a jovem para dividir seus desejos, afetos e cotidianos.”
Ainda segundo Bryto, o casal custeou despesas médicas, acadêmicas e estéticas de Beatriz que trocou “seu conto de fadas no interior pela aventura erótica de um casal de pervertidos.”
“Nada mais justo que agora possa herdar o patrimônio construído durante os dois anos em que sua sexualidade foi tomada de forma terapêutica por esta família profanada”, afirmou ele na reportagem.
O Brasil recentemente aprovou a legalização da união civil estável entre pessoas de mesmo sexo. A decisão concede a garantia de direitos comuns a casais heterossexuais.
Para os deputados, e líderes religiosos evangélicos e católicos, além de grupos pró-família, as recentes decisões do STF, vão contra os valores da família.
Michael Caceres
Correspondente do The Christian Post

domingo, 30 de outubro de 2011

Disfunção Erétil - IMPOTÊNCIA SEXUAL MASCULINA



Define-se disfunção erétil, ou impotência sexual masculina, como a dificuldade de atingir ou de manter uma ereção suficiente para que a relação sexual seja bem-sucedida. Existem três fatores essenciais para o homem atingir uma função erétil satisfatória: ter disposição para a ereção, alcançar uma ereção rígida e manter a ereção por tempo suficiente para a satisfação sexual.
Em conjunto, esses fatores compõem uma ereção de qualidade. Na disfunção erétil, ocorre basicamente o contrário.
Quase todos os homens têm alguma dificuldade ocasional, mas conseguem obter e manter uma ereção de qualidade na maioria das vezes. No entanto, se as dificuldades se tornam mais frequentes e as ereções passam a ser menos duradouras, ou ainda se o homem não consegue ter a ereção completa, pode ser que sofra de disfunção erétil.
Se esse for seu caso, não se sinta sozinho. Estima-se que até 30 milhões de homens nos Estados Unidos sofram ou sofreram de pelo menos algum grau dessa disfunção.
Se você observar mudanças em suas ereções, faça algo para resolver o problema: fale com seu médico e saiba mais sobre a disfunção erétil.
Você saberá, por exemplo, que algumas situações ou doenças podem favorecer ou causar disfunção erétil, como o diabetes, a hipertensão arterial, a doença cardíaca, o hábito de fumar, a idade e alguns fatores emocionais.

Para verificar a possibilidade dessa disfunção, seu médico irá traçar toda a história de sua saúde e eventualmente pedirá alguns exames.
O histórico incluirá algumas perguntas sobre seus antecedentes médicos, sociais e sexuais. Você deverá respondê-las com a maior sinceridade possível, procurando tratar o tema "impotência sexual" de maneira natural, sem muito desconforto ou constrangimento.
Durante o exame físico, o especialista procura sinais de preocupações com a saúde, como hipertensão, doenças hepáticas ou renais, doenças do coração, problemas de tireoide ou neurológicos, que podem estar ligados à impotência sexual masculina.


Causas e Fatores de Risco
Obter e manter uma ereção que dure tempo suficiente para o sexo depende do fluxo de sangue no pênis. Qualquer condição de saúde que interfira na normalidade desse fluxo pode levar à disfunção erétil.
Alguns desses problemas de saúde ocorrem mais comumente ao envelhecer, mas a idade avançada não é sua única causa.
Fatores clínicos, físicos e características do estilo de vida podem afetar a capacidade de um homem de obter ou manter uma ereção. São eles:

Pressão Alta;
Doenças do coração e colesterol alto;
Depressão;
Cirurgia de Próstata;
Efeitos colaterais de medicamentos;
Ansiedade;
Baixa autoestima;
Percepção distorcida da imagem corporal;
Abuso sexual na infância;
Traumas psicológicos;
Dificuldades de relacionamento;
Dificuldades na comunicação;
Estresse;
Aspectos culturais e religiosos.

Como funciona a ereção

Quando um homem é sexualmente estimulado, o cérebro envia impulsos nervosos, na forma de sinais químicos, para os nervos penianos. Esses nervos produzem uma substância química que causa o aumento do fluxo sanguíneo no pênis.
Essa substância química, em seguida, dispara uma série de reações, que levam as duas grandes câmaras a se encher do sangue que flui no pênis, de forma semelhante à maneira como a água encharca uma esponja. Quando as câmaras se enchem, são bloqueadas as veias que permitem o fluxo sanguíneo do pênis para fora, e assim o homem é capaz de obter e manter a ereção.
Portanto, a obtenção e a manutenção da ereção dependem do bom fluxo sanguíneo do pênis, por isso algumas questões de saúde que afetam esse fluxo podem também interferir na qualidade da ereção.

O pênis

Em nossa sociedade, o homem é moldado como "o macho", e mais ainda, é criado como se fosse o próprio "pênis". O pênis e a ereção estào ligados a contextos sócio-culturais antigos e profundamente enraizados no meio em que vivemos.
Apesar de uma aparente intimidade com o seu pênis, chegando mesmo a batizá-lo com nomes próprios e apelidos, a maioria dos homens desconhece o mais básico sobre o seu funcionamento. O pênis nunca é visto como um órgão a mais do organismo, jamais como um fígado ou um rim. O pênis ereto é uma "máquina de guerra", "uma obra de arte", "uma arma samurai", "um canhão atômico" que agrega um simbolismo de FORÇA E PODER.
Mas nem tudo acontece como deveria, nessa nossa terra Brazilis, nossos homens modernos quando confrontados diante da mulher atual, forte, objetiva e determinada, ficam acuados e tentam buscar no pênis sua única fonte de força e poder. Essa extremas responsabilidade que é depositada no "pobre do pênis" se expressa em grande estresse com uma consequência, muitas vezes, danosa ao relacionamento: a disfunção erétil.

O conselho

Caso você sofra em algum grau desse problema (a disfunção erétil), não perca tempo e procure seguir essa orientação:

1- Procure falar sobre o assunto abertamente com o seu parceiro sexual. Ele já sabe, na grande maioria das vezes, que você possuí uma disfunção erétil. É importante não temer o diálogo, pois o seu parceiro sexual será de grande importância no tratamento.

2- Inicialmente procure o seu clínico geral para a realização dos exames clínico e laboratorial. 

3- Caso você não possua nenhuma alteração que justifique a Disfunção Erétil, procure a ajuda de um Terapeuta Sexual, pois as causaus emocionais para esse problema estão cada vez mais comuns em nossa sociedade.

4- Tenha confiança e  determinação que o seu tratamento será um sucesso.





terça-feira, 11 de outubro de 2011

O que é e para que serve a Terapia Sexual?





A Terapia Sexual difere das outras formas de tratamento das disfunções sexuais pela objetividade da cura do sintoma sexual empregando-se técnicas médicas e psicológicas conjuntamente de um modo focal e breve. O Terapeuta Sexual busca a melhora da atividade sexual ao mesmo tempo em que procura um melhor relacionamento entre o casal.


A Terapia Sexual busca o tratamento dos sintomas sexuais de uma maneira direta e isolada de outros conflitos subconscientes. O alvo inicial e principal da terapia sexual seria a modificação das causas imediatas e das defesas contra o bom funcionamento da sexualidade. Com o objetivo de aliviar os sintomas sexuais, a terapia do sexo pode estender seu processo até a estrutura mais remota do problema, exclusivamente na extensão em que for necessário para aliviar o sintoma visado e como garantia de que o problema possa ser superado.


A Terapia Sexual pode fazer uso da Linha Comportamental Cognitiva, isto é, a associação dos princípios da teoria comportamental pura (behaviorista) com os princípios da teoria cognitiva, podendo também associar outras linhas terapêuticas ao processo. A Terapia do Sexo é considerada completa quando a dificuldade sexual do casal for aliviada porém o tratamento só estará concluído quando os fatores que eram diretamente responsáveis pelo problema forem identificados e suficientemente resolvidos.


A Terapia Sexual pode ser usada de maneira individual ou com o casal, na dependência da queixa principal motivadora da consulta. Muitas vezes a presença do parceiro sexual no processo terapêutico é imprescindível no processo de cura da disfunção sexual. Outras vezes a terapia sexual individualizada pode dar conta de alcançar seu objetivo.


Além das disfunções sexuais que são: Disfunção do Desejo Sexual - diminuição ou aumento exagerado, Disfunção da Excitação Sexual - dificuldade erétil no homem e diminuição ou ausência de lubrificação na mulher, Disfunção do Orgasmo - ejaculação rápida ou ejaculação retardada no homem e ausência de orgasmo na mulher, também é muito frequente a procura da Terapia Sexual por discordância sobre a frequência sexual, quando um dos casais têm mais apetite sexual que o outro; discordância sobre a realização de um tipo específico de atividade sexual, quando um quer fazer sexo anal ou oral e o outro não deseja; quando existe insatisfação com a qualidade da vida sexual; discordância por algum tipo específico de fantasia sexual; conflitos de identidade sexual; orientação sexual; dificuldade em iniciar e/ou manter relacionamentos afetivos; dificuldade de envolvimento com pessoa disponível e outros muitos motivadores.


Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) quatro requisitos definem qualidade de vida humana: capacidade de trabalho, independência, relacionamento familiar e social adequados e vida sexual prazerosa. 
Seja qual for sua inadequação sexual busque sempre ajuda junto a um profissional especializado em Terapia Sexual.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Esse Tal de Swing - qual seria sua Origem?





Tenho ouvido muito por aí muitas versões que tentam explicar e/ou entender esses novos modelos "sociais" de relacionamento, onde "esse tal de swing" tem ocupado lugar de destaque no ranking dos mais ousados modelos contemporâneos. Curiosidade, críticas e muitas dúvidas fazem parte desse contexto tão atual que circula livremente por todos os ambientes sociais. Mas, acho que existem algumas correções que necessitam de intervenção: o swing não é um modelo contemporâneo, uma novidade do nosso século nem tampouco deve estar relacionado a um comportamento "afetivo" de relacionamento, na verdade é um modelo sociossexual de relacionamento. É natural, que a partir dos modelos de educação que nossa sociedade foi estruturada, com muita repressão, medo, culpa, limites e etc, que nossos referenciais estejam condicionados à uma interpretação imediatista e contaminada, quando nos deparamos com as diferenças de um modo geral . Rapidamente colocamos tudo numa mesma sacola onde tudo é muito transgressor, pervertido e até promíscuo ou engorda.


Na verdade o swing é um modelo social de sexo que teve sua origem por volta de 3.000 a.C. onde os Sumérios que eram um povo de origem geográfica pouco conhecida e que se estabeleceram ao norte do Golfo Pérsico, na parte sul da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, conhecidos por sua habilidade na escrita e organização social também cultuavam um ritual à deusa Inanna onde uma sacerdotisa recebia como oferenda um sacerdote-príncipe - O casamento Sagrado - para que obtivessem favores da deusa, um verdadeiro "sexo ritual". Os hábitos e práticas sexuais livres e sem o compromisso com a fidelidade fazia parte dessa cultura antiga e dava início a esse costume em um ritual sensual erotisante onde a troca de casais acontecia livremente.


Esse modelo de "sexo ritual" também era praticado na Grécia antiga com o nome de "Hiero gamos", pelos Egípcios ao culto a Ísis e se prolongando até a era Romana. O sexo não afetivo sempre esteve presente em todas as civilizações e, em muitas, estaria relacionado a um status sócio-cultural e religioso dos mais valiosos, um bom exemplo disso era como a prática da prostituição sagrada, pela qual os homens visitavam templos para ter relações sexuais com as prostitutas sagradas (mulheres lindas que encarnavam uma deusa) com o objetivo de comungar com uma deusa em particular, constituía um costume saudável e estimulante entre muitas sociedades antigas. Muitas evidências mostram que as civilizações pré-históricas já usavam o ato sexual como meio condutor em suas celebrações. Talvez o sexo e a sua íntima relação com a vida tenha sido o elo de ligação entre a humanidade e o divino. 


O sexo em público, praticado por todos e com todos, sempre esteve presente em nossa linha do tempo. Os povos aborígenes praticavam o sexo em público, em Roma as festas que reverenciavam o Deus Bacchus eram traduções de grandes orgias sexuais que ocorriam cinco vezes por mês, todas as expressões do prazer dos corpos e a exuberância de sua beleza física com todas as possibilidades de experimentar o prazer, se confundia com a beleza da criação e conexão divina.


A grande freada da livre expressão sexual ocorreu com o surgimento do Cristianismo e suas imposições sobre a moral, a culpa e o pecado divino dando início a um período de grande crepúsculo e silêncio aparente, onde os clérigos controlariam por séculos todos os movimentos da cultura, ciências e arte. Silêncio aparente porque, mesmo sob ameaça divina, nunca se falou tanto de sexo como naqueles tempos. A proibição que recaia sobre os assuntos ligados à sexualidade estimulava em todos os cantos que se profanasse as leis proibitivas em nome da luxúria promiscua. Foram tempos sombrios e de controle, mas as práticas sexuais mais profanas encontraram um ambiente promissor e cresciam a todo vapor por todos os becos e vielas da nossa sociedade mãe.


O tal do swing era prática sexual lasciva e abundantemente praticada por toda a velha Europa, tudo feito às escuras e às claras também, aparentemente longe dos holofotes da Igreja Católica, mas muitas vezes, dividindo o leito de prazer com as batinas profanas de alguns representantes da mesma instituição. Tempos tão paradoxais onde sob a égide da moral cristã, padres, bispos e papas detinham uma suposta autorização divina (ou garantia de um perdão divino) para práticas de pedofilia, abusos sexuais, prostituição, homossexalização das batina e muitas outras extravagâncias sexuais. 


O século XX avança em nossa linha cronológica trazendo com ele uma crescente revolução feminina, tanto nas suas relações sociais como nas familiares. O advento dos meios de controle da natalidade e a inserção da mulher no mercado de trabalho oferece a essa nova mulher a oportunidade de experimentar novos prazeres, inclusive os prazeres do sexo. Nos Estados Unidos da América por volta da década de 60 acontece a grande revolução feminista e, assim, o sexo passa a ocupar um lugar nos holofotes da moda -  O Sex Machine.
As relações sexuais extra conjugais entre casais passam a ser um habitué e, o tal do swing, novamente tempera os relacionamentos amorosos.


Apologias à parte, essa nova/velha atividade social invade de vez a mídia e os lares dessa nossa terra Brazilis, causando um grande alvoroço por  onde se ouve falar. Corre-se um rísco muito grande de encontrarmos um casal de amigos no bar de uma dessas casas, que por sinal, são extremamente luxuosas e caras. Mas amigo não se preocupe, não fiquem "in a tight spot" (saia justa), relaxe e aproveite a noite, até porque você certamente foi lá só para dar uma olhadinha, pura curiosidade, nada haver com ser um swinger. Relaxa a gente sabe disso!!!


Esse tal de Swing é meio que genérico e ninguém confia muito, dizem até que é coisa do governo (será?) e, por isso, não é lá muito confiável. Outros falam que é importado do exterior, está na moda, coisa de bacana, mas custa caro e não aceita cartão, sendo assim,  perde-se o velho por não poder e o novo por não saber, o que resta mesmo são casas cheias de casais experimentando o adultério consentido e um mercado altamente lucrativo e promissor para os empresários antenados que não perdem tempo e inauguram semanalmente casas de alto luxo para o entretenimento de casais.


Moral da história: Presunção e água benta, cada qual toma a que quer.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Papo Tarja Preta

Existem assuntos "tarja preta" que estão em alta em todos os espaços sociais por onde ando. Quando é revelado que trabalho na área, então, a coisa fica preta. Todo mundo acaba querendo tirar uma casquinha com alguma pergunta ou parecer sobre alguma patologia ou exame, tem um outro grupo - cara de madeira - que ficam se coçando até tomar coragem e sacar subitamente da bolsa um monte de papéis amarelados e vêm com aquele papo furado no meio da melhor música ou no melhor do papo ( quando o chopp chega gélido e o papo tá animadíssimo) e sem delongas manda assim: "Eu sei que o local é meio inapropriado, mas se você puder dá uma olhadinha nesses 5.000 exames e pareceres e me diz o que você acha", é hilário... Também é hilário você recusar a tal olhadinha, ainda mais quando a pessoa em questão é amiga da prima do seu(sua) melhor amigo(a).

Mas de qualquer maneira, são nesses encontros que comprovo o quanto esses temas mais delicados da sexualidade (sexo anal, sexo ménage, troca de casais, masturbação, disfunções sexuais, homoafetividade e tantos outros) estão em alta nas bolsas e nas bocas, ou melhor, nos pensamentos das multidões. Acho que a transgressão enfim tomou conta do imaginário e transborda pelas bocas e pelas ruas meio sem rumo, querendo um "green card"; uma aprovação. claro que isso tudo fica à meia boca, nada de exposição pública dos fatos, isso não é nada "cult", faz mal ou engorda sua sacola de promiscuidades. A coisa fica meio que restrita a um "papo grupinho", meio que fala mansa, baixinho, sem muita escandalização de sentimentos.

Independente dos motivadores é bem interessante fazer parte dessas transformações sócio-comportamentais e ter a oportunidade de vivenciar em cada indivíduo, através do corpo (o corpo fala), dos gestos, do olhar, das múltiplas transformações que ocorrem quando da abordagem desse "papo tarja preta". As pessoas vão mudando no todo, no tom da voz, no pré-requisito natural; a pergunta ou dúvida é sempre para um amigo, primo, prima ou alguém fez um comentário e ele(a) resolveu procurar um profissional da área para sanar as dúvidas, tudo no social é claro, nada de consulta marcada para orientação sexual, é tudo no 0800.

A voz do povo é a voz de Deus, diz o ditado popular, então estamos vivendo um momento ímpar no processo de transmutação do lúdico/fantasia para o possível concreto/realidade e, o mais importante, isso está sendo revelado. É aí que eu entro, é a partir dessa revelação acanhada, mas sincera que a gente pega carona e descobre a "senha do cofre"; pronto o caminho está aberto e podemos passear na terra de ninguém, melhor, na terra da fantasia ou melhor ainda na terra dos desejos sexuais, das fantasias sexuais do sujeito ou da sujeita em questão. Nesse ponto o sujeito(a) fica sem defesas, sem barreiras, agora é mais fácil saber onde ele(a) quer chegar, e isso, faz bem à todos; é sempre interessante se saber onde se quer chegar.

Agora o papo flui... Ninguém está mais de saia justa, isso lembra a semelhança daquela garota que adentra ao motel com o sujeito, toda acanhada, cheia de dúvidas e arrependimentos, sainha justa completa. Já dentro do quarto, nem sabe onde sentar ou o que fazer, fica paradinha, estática, muda, meio que apavorada. Indo direto ao ponto, alguns minutos depois, quando já despida e na piscina, relaxa e solta as emoções, fala muito, faz muito, pede muito... Assim, retomando o assunto, os interessados no tal "grupinho" agora estão soltinhos, falam de tudo, perguntam tudo, têm opinião formada sobre quase tudo e, o pior, sobre quase todos...

Na verdade todas as dúvidas devem ser esclarecidas e assim, de posse do tal green card, a galera vai se dissipando, cada um procurando o seu rumo certo na festa, seus pares, suas famílias... Tudo parece voltar ao normal, cada um saciado e/ou aliviado dessa suposta culpa de sentimentos proibidos. E o período de resolução, que aqui não é o sono e nem a preguiça, nem tampouco o amolecimento crucial do momento, ao contrário, estamos excitados demais para estasiar nossas emoções. Minha pesquisa tem dado frutos, as coisas estão começando a acontecer e, de qualquer maneira, a festa não estava lá essas coisas.

Moral da Festa: Entre a fantasia e o concreto existem ainda alguns semáforos; se beber não dirija!!!

Freud expondo a Teoria da Sexualidade.

domingo, 12 de junho de 2011

Quem é Complicada?

Se agente se insinua, é uma mulher atirada.
Se agente fica na nossa, tá dando uma de difícil.
Se agente aceita transar no início, é uma mulher fácil.
Se agente não quer ainda, tá fazendo doce.
Se agente põe limitações, é autoritária.
Se concorda com o que ele diz, é uma tonta.
Se a mulher trabalha é ambiciosa.
Se não tá nem aí é dondoca.
Se gostamos de conversar sobre política e economia é feminista.
Se não se liga nesses assuntos é alienada.
Se a mulher corre para matar uma barata, não é feminina.
Se corre dela, é uma medrosa.
Se agente aceita tudo na cama, é vagabunda.
Se não aceita, é fresca.
Se ganha menos que o homem, quer ser sustentada.
Se ganha mais, tá querendo humilha-lo.
Se agente adora roupas e cosméticos é narcisista.
Se não gosta é desleixada.
Se sai mais cedo do trabalho,é folgada.
Se sai mais tarde, tá dando pro chefe.
Se agente faz cena de ciúmes, é neurótica.
Se não faz, não sabe defender seu amor.

Não pode estourar o cartão de credito;
mas tem que andar bem arrumada.
Não pode ser muito magra, nem muito gorda.
Não pode ter muito peito, nem peito de menos.
Tem que ter bundão, pernão, mas não pode ter celulite nem estrias.

Pô... ainda dizem que a mulher que é complicada.
(Extracted from Facebook - Maria Clara de Carvalho)

Resolvi colar aqui este post do facebook porque achei uma grande verdade no que li. Na verdade nós os homens é que somos verdadeiramente complicados, quando o papo é sexualidade. Os números apontam diáriamente para essa constatação; 70% da procura por consulta em Terapia Sexual são pelo sexo masculino (pausa...to ouvindo e assistindo "coldplay" - very nice!!!), não que eu acredite que os 30% restantes não fazem parte do universo masculino, mas esse grupo eu acho que não tem coragem de pegar o telefone e ligar, ficam meio que no armário... 

As mulheres acabam tentando resolver suas dificuldades nos consultórios dos ginecologistas, que na imensa maioria das vezes, não consegue atender suas expectativas, e quando o assunto é complicado elas acambam procurando um profissional da área de sexualidade. Mas nosso foco é outro aqui, são os "complicados (as)": São os homens!

Mas o texto coloca uma indagação: Quem é Complicada? acho que faltou a palavra "mesmo"; ficaria assim: Quem é mesmo complicada, heim, fala aí?

De qualquer maneira, o que parece complicado para algumas mulheres é perceber que o que está em jogo, quando o assunto é a sexualidade ou sua feminilidade, não é o que parte do "outro", mas sim, o que está por trás dessa "idealização" do que o mundo social espera dessa imagem feminina, e mais, como cada uma dessas mulheres se percebe enquanto sedutoras do mundo social. Eu sei que é meio complicado, mas o mundo relacional é assim mesmo, denso, às vezes neboloso demais para um entendimento único e essencial.

Talvez vivamos numa intensidade de "performances" tão necessárias e urgentes para se relacionar com alguma tribo que nos aceite de vez, sem ter que ficar à beira da unidade, sós..., que tenhamos que arquitetar um plano estético que suporte um pouco da nossa essência e que não fique "out" ao que esperam de nós, naquele grupo (tribo), e assim, possamos fazer parte de alguma coisa, sejamos aceitos e desejados, estaremos incluídos numa organização relacional, e isso faz bem, às vezes (rsrsrs).

A família é a primeira dessas unidades relacionais que fazemos parte, mas como nela estão incluídos os nossos cuidadores desde que nascemos, estamos sempre questionando esse amor; verdadeiro ou condicional? De qualquer maneira, é nela, família que sempre encontramos nosso porto seguro, nossa identificação máxima de segurança. Sendo assim, estamos sempre propensos a voltar, quando as coisas não vão bem. Damos uma fugidinha, experimentamos aqui, alí, acolá, mas quando o perigo sobrevem, saltamos de banda e corremos para o seio da mamãe ou o colinho do papai.

Estar preparado para a "cidade" deslumbrante mas perigosa, faz parte de um processo que envolve uma série de situações e desenvolvimentos que estão relacionados a diversos fatores intra e extra pessoais. A fatalização da nossa aceitação é o aluguel mensal dos erros que cometemos nessa idealização banalizada que permitimos para nosso processo de iniciação nos grupos sociais. É necessário dar um Basta nessa babaquice de construir um ser que está na prioridade dos outros e foge, na maioria das vezes, do nosso bem estar psico-social. Se faz necessário a edificação da nossa identidade "digital", composta por nossas primordiais características, reveladas num "estilo" único e essencial para nosso relacionamento com o mundo.  O resto Amore, é sempre o resto, com o tempo vocês vão ver que o Sol só queima quem não é da praia.

Archi.

sábado, 11 de junho de 2011

HISTERECTOMIA E PRAZER SEXUAL - II


A histerectomia é um procedimento cirúrgico onde o útero é retirado por técnica pré-estabelecida pelo cirurgião chefe da equipe. Existem diversas indicações para a realização da histerectomia, mas todas estão relacionadas a uma doença no útero, o que, sempre justifica sua execução.

É interessante lembrar que quando falamos em histerectomia não estamos falando em "retirada dos ovários", nem tampouco das "trompas uterinas". Também seria conveniente citar que a principal função do útero é a de sediar a gestação, talvez por isso o útero esteja tão intimamente relacionado com a feminilidade no universo emocional feminino, por relacionar-se ao papel reprodutor da mulher. As mulheres costumam ver o útero como aspecto importante da feminilidade, de maneira que a sua perda se refletirá sobre o que elas percebem como sua capacidade de fêmea, incluindo o desejo sexual e a libido.

Com essa percepção, sofrem abalo em sua identidade feminina, porque para elas o útero simboliza a sua capacidade sexual. Com a retirada dele, a mulher passa a sentir-se diminuída, pois acredita estar incapacitada sexualmente para sentir prazer sexual.

Falamos agora a palavra mágica e a mais importante desse despretensioso e humilde "post": "prazer". O prazer sexual seria uma interação do sistema nervoso no ato sexual provocando intensos espasmos e contrações nos músculos. Mas isso é uma mera visão científica de um processo com estratégia evolutiva onde o prazer sexual estaria atuando como um motivador do ato sexual estimulando a reprodução (o grande objetivo) dando assim as espécies maior população e maior predominância sobre outras.

Num outro recorte entendemos o prazer sexual como um "estado de graça", uma resposta instantânea do psique frente ao exuberante "big bang" de sensações que ocorrem durante uma experiência sexual satisfatória. É nessa ótica que vamos entender as inter-relações entre o prazer sexual e a histerectomia no imaginário feminino.

As mulheres ocidentais, infelizmente ainda são criadas por suas famílias sob a égide da castidade eterna, vivenciam suas iniciais experiências na sexualidade com muito temor e ameaçadas pelo dualismo constantemente presente em sua criação: certo ou errado, o bem ou o mal, Deus ou o diabo e por aí vai. A palavra mais ouvida por essas nossas mulheres, quando ainda estão na tenra idade é, sem dúvida nenhuma, o NÃO; não mexa aí, não faça isso, não pode aquilo e, quando o assunto é algo ligado à sexualidade, nem se fala, a resposta é sempre a mesma NÃO!!!

Vivemos uma infância do "NÃO", da desinformação, da deseducação sexual, as famílias entendem, na sua grande maioria, que a competência da educação sexual cabe à escola e isso gera um "vácuo" no processo de educação sexual. Ninguém quer, ou pode, se responsabilizar pela educação sexual, um jogo de empurra onde deixar quieto é mais cómodo, assim como Renato Kehl esclarece bem sobre as dificuldades da educação sexual no século XX:

"Como se julga mal o mais sério ato da vida humana! 
Tem sido muito debatida a questão se se deve ou não revelar às 
crianças noções da vida sexual. A maioria dos educadores, psicólogos e 
médicos está de acordo sobre a utilidade deste ensino. As exceções 
contam-se apenas entre as pessoas que não estudaram ou não 
compreendem suficientemente sua alta finalidade, bem assim entre as que 
supõem que esta instrução deve compreender conselhos sobre doenças 
venéreas, o que representa um contra-senso em relação às crianças. 
Não mais se discutem as vantagens higiênicas e eugênicas da 
educação sexual. Elas são ultra-evidentes. Para avaliar o seu efeito 
profilático é necessário examinar a questão sem preconceitos, ‘fazendo 
tábula rasa de toda concepção hipócrita’ e mantendo o espírito preparado 
para um julgamento são." (KEHL, 1997, p.433)

As meninas crescem e se tornam mulheres, donas de casa, profissionais responsáveis, mães dedicadas, mas trazem consigo os tabus oriundos da sua criação familiar. Esses são os responsáveis por toda essa confusão relativa à retirada do útero; medo de ficar oca, ficar vazia, acreditar que o marido não vai mais desejá-la como antes, medo de perder a libido e tantas outras paranóias que rondam a cabeça dessas mulheres modernas.

Na verdade essas nossas mulheres vivenciam uma bela confusão emocional quando o assunto é a retirada do seu órgão reprodutor. Todo esse medo e insegurança não tem o menor sentido pois a retirada do útero não altera em nada o prazer sexual, muito pelo contrário, as pesquisas atuais revelam que o bem estar sexual melhora e muito a vida das mulheres após a histerectomia. As características individuais de cada mulher com sua história de vida, seus costumes e valores culturais, práticas familiares e aspectos da religiosidade serão o divisor de águas que determinará a intensidade do impacto emocional em sua vida sexual.


Pois bem, as mulheres que estão prestes ou já se submeteram a uma cirurgia de histerectomia sofrem com o fantasma da perda do prazer sexual, se lançam num abismo solitário de preocupações e dor, fantasiam um abandono e um distanciamento de sua sexualidade. Apenas as transformações no processo de educação sexual serão capazes de resignificar um futuro para essas novas mulheres que surgirão com o passar dos anos.

Seremos corajosos o suficiente para atuar como protagonistas nesse novo capítulo de nossa sociedade? 






segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mulheres Medievais


As mulheres, desde a sacralização das uniões (o casamento), na Idade Média pela Igreja Católica sempre ocuparam um papel secundário no âmbito sócio-familiar. "Transformada em sacramento, sacralizada, a união conjugal tornar-se-ia veículo de controle do comportamento da sociedade por parte da Igreja."
Esse é o modelo que forneceu a base do casamento atual, deixando de ser uma união doméstica e privada, onde se privilegiava um pacto de união entre duas famílias com interesses da linhagem sobre o pessoal, passando a ser uma união com conotação na criação divina.

Mesmo assim os homens continuaram a ser privilegiados na união matrimonial, os clérigos entendiam que aos homens era dado o controle e a direção e às mulheres restava a submissão. As mulheres eram tratadas com um certo rigor pela Igreja Medieval por serem consideradas de natureza pérfidas, frívolas, luxuriosas, impulsionadas pela furnicação. O controle espiritual nas relações afetivas conjugais nessa época, por parte do clero, tinha uma conotação de controle e proibição, mas também de medo e muita culpa.

Talvez essa direção dada às relações conjugais tenha sido a fórmula única e ideal de conter as famílias dentro de um seguro controle espiritual, onde o a instituição religiosa detinha a total direção com todos os privilégios políticos, sociais e econômicos. A condenação do prazer físico nasce nessa época da nossa história e orienta a sexualidade dos casais no sentido estritamente procriativo, afastando-os dos perigos da carne e do prazer sexual. O controle e vigilância da vida sexual dos casais era severo e condicionava todo o enredo do encontro sexual permitindo e proibindo desde as datas proibidas para o sexo até as posições sexuais adequadas.

Aos homens era permitido procurar o prazer sexual fora da relação matrimonial, traduzindo assim, a liberdade e aprovação de toda a sociedade civil, política e religiosa. Era comum que as espôsas tivessem o pleno conhecimento dos devaneios sexuais de seus maridos fora da relação conjugal e que fizessem "vista grossa" ao adultério, como hoje, vivenciamos em nossa sociedade moderna os "adultérios consentidos". Essa nossa nova modalidade de "traição" têm muito em comum com toda a história do nosso passado, onde os homen.s a partir das visões proibitivas e castradoras da expressão sexual natural dos seres humanos pela Igreja Católica, classificavam as mulheres como maliciosas, culpadas por terem trazido a perdição ao gênero humano, consignadas como a porta do Diabo e muitas vezes como o próprio Diabo, funestas, pecadoras, feiticeiras e também como homens defeituosos, partindo do pressuposto de que o homem é a semelhança do perfeito e do divino.

Essa era a mulher no Medieval, modesta, casta, quieta, proibida dos prazeres, domada, submissa, complacente, ignorada, reprodutora e também sempre culpada quando os filhos não aconteciam; estéreis. Os machos nunca tinham a culpa pela infertilidade, trocavam de espôsa rapidamente e várias vezes para consumar a família, o que, de nada adiantava.

No início do séc. XII n asce o Amor Cortês, o refinamento e suprema educação referenciada pelos homens às suas mulheres amadas, é a expressão quase poética e romântica do amor com corte, com um refinamento elegante, delicado, cuidadoso e extremamente educado. O amor começa a ser vivenciado no concreto e no plano do lúdico; amores possíveis e impossíveis, mas vivenciados da mesma forma. O nascimento desse amor foi, sem dúvida nenhuma, o melhor legado que a Idade Média deixou para os nossos tempos modernos.

Um olhar mais atento ao período Medieval nos faz entender de uma outra ótica alguns acontecimentos que foram os divisores de águas para a formação da nossa sociedade contemporânea. A importância da prostituição para o equilibrio social e familiar daquela época; era o remédio e solução para atenuar as crises sociais dos indivíduos e do próprio clero, que com a institucionalização da proibição do casamento para os padres católicos, servia como um elixir às fraquezas desses diante dos prazeres da carne. Segundo historiadores, Roma no séc. XV abrigava aproximadamente sete mil mulheres e moças de lauguel. No Concílio de Constança, realizado em 1417, somavam-se 1500 "garotas de programa" a serviço dos participantes da assembléia religiosa (a serviço dos clérigos).

Mulheres submissas, casamentos sacralizados, a Igreja Católica na vida política, social, cultural, familiar influenciando e ditando regras e normas, o amor romântico e poetizado onde se "morria-de-amor", a presença da prostituição como um mal necessário à manutenção do equilibrio social, dividindo o espaço com o próprio clero que também transgredia para sobreviver. Esse foi o cenário Medieval e como as mulheres participaram desse processo de transição entre o velho e o novo mundo.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

XIII Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana

                   
A Sociedade Brasileiro de Sexualidade Humana – SBRASH, promove entre os dias 02 e 05 de outubro de 2011, o XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE SEXUALIDADE HUMANA, no Hotel Sumatra, na cidade de Londrina, Paraná. 

Este evento reunirá participantes atuantes nas áreas da saúde, educação, assistência social, psicologia e comunicação, além de estudiosos e demais interessados nas questões relacionadas à sexualidade humana, contribuindo de modo efetivo na disseminação dos mais atuais conhecimentos sexológicos e do desenvolvimento de uma nova cultura do exercício da sexualidade junto à população. 
Por já ser considerado o maior evento nacional da Sexualidade Humana em diversas áreas do saber, em sua 13ª edição estão sendo esperados mais de 700 participantes.
A CONSTRUÇÃO CULTURAL DA SEXUALIDADE – a Interface com a Educação, Prevenção e a Saúde Sexual e Reprodutiva, a programação aborda várias temáticas que serão discutidas em Conferências, Mesas Redondas, Temas Livres, Pôsteres e Mini-cursos. O evento também contará com a presença de palestrantes renomados, nacionais e internacionais, que estimularão debates científicos através de seus conhecimentos, ampliando novas discussões relacionadas à Construção Cultural da Sexualidade. 

"O indivíduo constrói-se em seu tempo, em sua cultura, em seu cotidiano. [...] Um jogo de forças estabelece-se entre o cultural e o pessoal e o acompanhará por todo o seu viver". AMPARO CARIDADE, 1999.

18 de Maio - DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA O ABUSO E A EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES


O “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, instituído pela Lei Federal 9.970/00, no dia 18 DE MAIO, é uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no território brasileiro. Esse dia foi escolhido, porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Crime Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados. Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune. A intenção do 18 DE MAIO é destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar dessa luta.

A violência sexual praticada contra a criança e o adolescente envolve vários fatores de risco e vulnerabilidade quando se considera as relações de geração, de gênero, de raça/etnia, de orientação sexual, de classe social e de condições econômicas. Nessa violação, são estabelecidas relações diversas de poder, nas quais pessoas e/ou redes satisfazem seus desejos e fantasias sexuais e/ou tiram vantagens financeiras e lucram usando, para tais fins, as crianças adolescentes. Nesse contexto, a criança ou adolescente não é considerada sujeito de direitos, mas um ser despossuído de humanidade e de proteção. A violência sexual contra meninos e meninas ocorre tanto por meio do abuso sexual intrafamiliar ou interpessoal como na exploração sexual. Crianças e adolescentes vítimas de violência sexual podem estar vulneráveis e tornarem-se mercadorias e assim serem utilizadas nas diversas formas de exploração sexual como: tráfico, pornografia, prostituição e exploração sexual no turismo.

As violações dos direitos humanos sexuais de crianças e adolescentes não se restringem a uma relação entre vítima e autor. Essas violações ocorrem (e são provocadas) pela forma como a sociedade está organizada em cada localidade e globalmente. Podem ser destacadas, nesse aspecto, as atividades turísticas que não consideram os direitos de crianças e adolescentes, facilitando ações de exploração sexual. Nesse contexto, também estão os grandes empreendimentos que, quando não assumem a sua responsabilidade social, causam impactos nos contextos locais potencializando a gravidez na adolescência, o aumento de doenças sexualmente transmissíveis, o estímulo ao uso de drogas e a entrada e permanência de meninas e meninos nas redes de exploração sexual.

O enfrentamento à violação de direitos humanos sexuais de crianças e adolescentes pressupõe que a sexualidade é uma dimensão humana, desenvolvida e presente na condição cultural e histórica de homens e mulheres, que se expressa e é vivenciada diferentemente nas diversas fases da vida. Na primeira infância, a criança começa a fazer as descobertas sexuais e a notar, por exemplo, diferenças anatômicas entre os sexos. Mais à frente, com a ocorrência da puberdade, passa a vivenciar um momento especial da sexualidade, com emersão mais acentuada de desejos sexuais. Nessas fases iniciais do desenvolvimento da sexualidade (infância e adolescência), é fundamental a atenção, a orientação e a proteção a partir do adulto. Nenhuma tentativa de responsabilizar a criança e o adolescente pela violação dos seus direitos pode ser admitida pela sociedade.

Aos adultos, além da sua responsabilidade legal de proteger e defender crianças e adolescentes cabe-lhes o papel pedagógico da orientação, acolhida buscando superar mitos, tabus e preconceitos oferecendo segurança para que possam reconhecer-se como pessoa em desenvolvimento e envolverem-se coletivamente na defesa, garantia, e promoção dos seus direitos.

Queremos convocar todos – família, escola, sociedade civil, governos, instituições de atendimento, igrejas, universidades, mídia – para assumirem o compromisso no enfrentamento da violência sexual, promovendo e se responsabilizando para com o desenvolvimento da sexualidade de crianças e adolescentes de forma digna, saudável e protegida.

FONTE: Rede PIÁ