terça-feira, 30 de outubro de 2007

Dia do Tocoginecologista - Parabéns!!!!


Gostaria de parabenizar a todos os Tocoginecologistas e, principalmente, os que como nós, escolheram trilhar mais um longo caminho no rumo da sexualidade humana. Caminho esse que, num futuro próximo, transformará nosso referencial de abordagem e entendimento nos assuntos de interesse da sexualidade. Durante muitos anos, caminhamos em busca de nosso ideal maior, ser médicos e Tocoginecologistas, foram longos períodos de dedicação e disciplina, responsabilidades e renegações. Hoje, não poderia deixar passar em branco e não comemorar a nossa conquista; Parabéns a Todos nós!!!

Workshop com Santiago Jácome Ordónez

Para quem ainda não conhece o psicodrama, acreditamos ser esta uma oportunidade de conhecer este trabalho através de uma participação ativa e dinâmica.

Estaremos recebendo no dia 7 de novembro às 19:00h o presidente do VII Congresso Ibero Americano de Psicodrama, Santiago Jácome Ordónez, que estará dirigindo o workshop “PSICODRAMA COM MÁSCARAS TRADICIONAIS - Como é a despedida do ano no Equador“.

Após o workshop teremos um bate papo com Santiago e com os presentes na atividade.

Solicitamos a gentileza de divulgarem em sua rede virtual o baner anexo.

Atenciosamente,
p/ Equipe Delphos
Du Carmo Mendes

Ps: Garanta já a sua vaga!

domingo, 28 de outubro de 2007

Isabel Freire

Isabel Freire é uma jornalista Portuguesa e autora de "Fantasias Eróticas - Segredos das Mulheres Portuguesas", editado por A Esfera dos Livros.

Possui um Blog sobre Sexualidade Feminina e muitos textos de sua autoria estão reproduzidos aqui. Convido a todos a visitar o blog
http://sexualidadefeminina.blogspot.com

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Sexo e Amor - Francesco Alberoni


Francesco Alberoni nasceu em Piacenza, na Itália, em 1929. Estudou num colégio cuja férrea disciplina, de acordo com os tempos da ditadura de Mussolini, não o impediu de se transformar num líder natural para os seus colegas de liceu e de passar muitas horas na Biblioteca da cidade a ler obras de História e de Filosofia. Embora o seu principal interesse fosse a Filosofia, veio a estudar Medicina e a especializar-se, mais tarde, em Psicologia e Sociologia.

Na Escola de Medicina da Universidade de Pavia, estudou Psicanálise e Estatística sob a orientação de Giulio Maccacaro, tendo escrito a sua tese de licenciatura em Psicologia de testemunhas. Pouco tempo depois, mudou-se para Milão onde se tornou assistente de Don Agostino Gemelli e iniciou uma investigação no campo da probabilidade subjectiva. Em 1963, enquanto professor adjunto de Psicologia e de Sociologia na Universidade de Milão, escreveu The Powerless Elite, um olhar científico sobre a evolução na natureza da adoração de estrelas de cinema. Em 1967, publicou o seu primeiro livro sobre o enamoramento, numa época em que o interesse académico estava centrado na luta de classes e na esperança de que outro mundo era possível.

Seguiram-se dois livros sobre a natureza dos sentimentos que foram igualmente aclamados: Amizade (1984) (20 Edições em Portugal) e O Erotismo (1986). Durante os anos 90, Alberoni exerceu um olhar sistemático sobre os vários e variáveis tipos de amor, primeiro em O Voo Nupcial (1992), depois em Primeiro Amor (1997) e, finalmente, na sua obra mais completa sobre a formação e a evolução do casal, Amo-te (1996), outro bestseller internacional. Desde aí, Alberoni continuou a explorar a complexa e contraditória trama de relações entre a sexualidade e o amor, tema que aborda de novo no seu livro mais recente, Sexo e Amor, publicado em 2005.

Mundialmente reconhecido como eminente sociólogo, Francesco Alberoni também é um escritor consagrado, com uma obra traduzida em mais de 20 línguas. Catedrático de Sociologia desde 1954 e Professor, desde 1978, na Faculdade de Ciências Políticas da Universidade de Milão, Alberoni propôs-se transmitir as suas reflexões e ensinamentos ao grande público num estilo atractivo e sedutor que dá aos seus textos o poder narrativo de um romance e contribuiu para renovar a escrita académica em Itália. Recordamos a sua obra fundamental sobre movimentos colectivos e sobre a instituição - Génese - e os clássicos Enamoramento e Amor, A Amizade, O Erotismo e Amo-te.

Actualmente, ensina Sociologia na Universidade de San Pio V, em Roma. É jornalista no jornal «Il Corriere della Sera».

Sexo e Amor - SINOPSE

Refutando a teoria freudiana e os postulados de autores como Georges Bataille, Francesco Alberoni investiga os mecanismos primordiais da relação entre o homem e a mulher, explorando desejos ocultos e contraditórios, os pensamentos que preferíamos não ter, os factos que decidimos ignorar.

Com uma prosa envolvente, em que se fundem textos literários, entrevistas e histórias verdadeiras, o autor recorre a escritores fundamentais, como Stendhal, Buzzati e Dostoievski e cria uma forma de expressão em que os protagonistas conservam a sua linguagem própria, às vezes obscena e brutal, mas sempre matizada por uma escrita poética e de grande vitalidade. Assim, em Sexo e Amor, o aclamado sociólogo italiano convida o leitor a explorar as inúmeras formas que o amor assume e trama de aspectos convergentes e divergentes entre o amor e o sexo.

Numa combinação inovadora e empolgante de histórias verídicas e relatos na primeira pessoa, colhidos de entrevistas ou de obras literárias, o leitor é guiado ao longo da galeria de formas que o amor e o sexo podem tomar, numa análise que inclui exemplos de sexo pessoal e impessoal, amizade erótica, enamoramento e a experiência arrebatadora da paixão, assim como as experiências amorosas daí subsequentes, que tanto podem durar como não.

O autor debruça-se sobre uma corrente tumultuosa de desejos revelados ou insinuados, excitação, prazer, extâse, alegria, dilemas, arrependimentos, dor e esperança. «Sexo e Amor» é simultaneamente uma abordagem científica empolgante e um olhar honesto e sensível sobre o mundo complexo da sexualidade e do amor.
Texto retirado do blog de Isabel Freire

domingo, 21 de outubro de 2007

Jovens e Sexualidade.

Rio, 21/10/07.



A fase da juventude é tão intensa que não nos cabe, a nós adultos, imaginá-la de forma diferente daquela mesma que um dia vivemos. Como um exercício de revitalização destes tempos olhemos um pouco - 20, 30, 40 anos atrás - e vejamos quão soberba era nossas intenções e espectativas joviais. Hoje, já abastados de um sabedoria adquirida ou imputada, fica até um pouco monôtono tentarmos passar alguma idéia para os nosso jovens que não esteja na sintonia do dinamismo desta bela fase da vida.

Neste sentido, e, falando sobre sexualidade, nos deparamos com um especial motivador para uma ampla integração com filhos, sobrinhos, amigos dos filhos, alunos, clientes etc. Afinal, nada mais dinâmico que as coisas da sexualidade e do sexo. Todavia, o que nos falta mesmo é entrarmos de corpo e alma neste viés. Com uma simples estratégia do uso da informação natural sobre esta temática teremos mais pares jovens ao nosso redor. Isto, além de nos remeter a um renovado mundo, também nos ajudará a identificarmos novas e/ou melhores vivências da nossa própria sexualidade.



Prof. Adalberto.

Sexual Fantasies - By Breett Kahr

Sexual fantasies: All in the mind
The psychotherapist Brett Kahr has studied more than 19,000 sexual fantasies as part of the largest sex survey of Britons. In an extract from his new book, he reveals the facts behind the fantasy


The preliminary results of the pilot clinical interviews and the pilot computer survey of the British Sexual Fantasy Research Project helped me to appreciate a number of key findings.
The vast majority of British adults do fantasise, indeed, quite frequently.

- Paradoxically, however, most adults never share their fantasies with anyone else, in part because of the great shame involved, as well as the great guilt involved, since most fantasies revolve around someone other than one’s current long-term partner.

-Many fantasies contain strong imagery of sadism, masochism and other forms of harm. If any of us could manage to put many of our more aggressive fantasies into practice, we would end up in prison.

- Contrary to expectations, a surprisingly small percentage of our fantasies concern so called celebrities (entertainers, sports personalities and politicians). Most of us will fantasise about people whom we know, or in many instances about people whom we “create” in our mind, especially so that we may coopt them to participate in our often subversive, sadistic or masochistic internal dramas.

- In spite of the widespread fears of relating one’s sexual fantasies to one’s regular partner, the preliminary survey revealed that a great many people expressed a keen interest to discuss their sexual fantasies with a qualified mental health professional, thus suggesting a certain amount of curiosity or, perhaps, concern about the content of their sexual fantasies.

What is a sexual fantasy?
Sexual fantasy may be defined as an image, a thought or a fully elaborated drama which passes through our mind principally during sexual activity, either coital or masturba-tory, often resulting in orgasm. Sexual fantasies must be distinguished from sexual daydreams or fleeting sexual thoughts. Sexual fantasies may be very simple or highly complex, may be tender or sadistic and may cause us psychological pleasure or psychological pain. In general, we keep our sexual fantasies hidden from our partners, and even from our psychotherapists or other confidants.


What constitutes a “normal” sexual fantasy?
Having now studied more than 19,000 British sexual fantasies, I cannot identify a so-called “normal” fantasy. It would be far too facile to describe as normal only those fantasies involving loving, genital intercourse with one’s long-term partner or spouse. I interviewed many happily married people who harboured very aggressive fantasies — often about their beloved spouses, in fact. On the basis of the data, I must conclude that the British mind contains much diversity and complexity and, therefore, speaking about a “normal” fantasy may well be meaningless.

Why do we have sexual fantasies?
We don’t know how and why sexual fantasies developed. Evolutionary psychologists have suggested that sexual fantasies contribute to the facilitation of sexual arousal, which, in turn, facilitates procreation. Thus sexual fantasies may play an important, previously unrecognised, role in the continued propagation of the human species. Freudian psychotherapists and psychoanalysts, by contrast, have speculated that our fantasies may have developed as a means both of gratifying wishes and of conquering intrusive memories of early traumatic experiences.

What purpose do our sexual fantasies serve?
There are many reasons why we might fantasise, from wish-fulfilment and mastery of trauma to self-medication against pain, to the elaboration of childhood play. For many, fantasies remain an unending source of fun and enjoyment; for others, they are a constant reminder of early injuries. For many, fantasies will provide pleasure and pain simultaneously.

Does everybody have sexual fantasies?
According to psychoanalytical clinicians, everyone has unconscious fantasy structures — in other words, subterranean tendencies to have certain preferences or to act in certain predictable ways (sadistically, masochistically, depressively, and so forth). In most adults, these unconscious fantasy structures will find representation in our conscious sexual fantasies, which occur during masturbation or during intercourse with a partner. According to the British Sexual Fantasy Research Project, at least 90 per cent of all British adults will experience daydreams, which may or may not be sexual. As for sexual fantasies, the data reveals that approximately 96 per cent of British adult males and about 90 per cent of females report having sexual fantasies. These may well be conservative figures, as I have met many individuals over the years who profess, on first questioning, to have no sexual fantasies but later, often during the course of psychotherapy, will admit to fantasising in a sexual manner.

Should we ever share our fantasies with our partners?
I cannot provide a definitive answer to this most complex of questions. There are cases where partners seem to have benefited from having discussed their sexual fantasies with one another, but some couples experienced great distress on learning of one another’s truest fantasies. Some couples have claimed that risking self-disclosure about such intimate matters promotes further emotional trust and union. Much will depend, of course, on the preexisting strength of the couple’s attachment to one another. Above all, one must proceed with thoughtfulness.

Should we ever share our fantasies with our friends?
Often, it might feel rather less exposing and rather more manageable to share fantasies with friends than with partners. I know of many men, for example, who would not hesitate to talk about extramarital affairs or rape fantasies with their friends at a Friday-night poker game, but who would never dream of discussing such fantasies with their female partners for fear of causing outrage or offence. Similarly, I have interviewed a number of women who have shared fantasies with their girlfriends, particularly those involving men with extremely large genitals, but who would not impart this to their husbands or boyfriends for fear of promoting feelings of inadequacy. Although entrusting one’s fantasies to a friend may be an act of great faith and may serve to enrich the friendship, one must remember that friendships can, and often do, sour, sometimes promoting paranoid anxieties that promises of confidentiality will be broken along with the friendship.

Can our fantasies ever be damaging or dangerous?
In some instances, sadistic fantasies can serve as stepping stones to sadistic actions. My colleagues and I in the forensic mental health field know of many cases of patients whose criminal careers began in their own minds. Once, years ago, I had the opportunity to interview a psychotic serial killer in a maximum-security setting. I learnt that before his incarceration this man could make love to his wife only if he fantasised about clutching a switchblade knife. Some years previously he had embarked on a killing spree, using a knife as his weapon, causing carnage. Of course, not all examples will be nearly as dramatic as this, but nonetheless fantasies can damage us by reinforcing self-destructive patterns of behaviour and thought.

Would it be wise to act out our sexual fantasies with our lovers?
Acting out fantasies requires a great deal of compassion, creativity and trust on behalf of the partnership, and I have seen a number of marriages founder when such role-plays have gone awry. Certainly psychotherapists would recommend much consideration before enacting a sexual fantasy scenario, bearing in mind that a fantasy and a reality might be experienced rather differently. One must also be prepared for some surprises. I recently interviewed a woman who indulged her husband’s wish to spank her and call her a “bitch”. When the husband described the potential scenario, the wife became excited and offered her consent. But when the couple actually brought this fantasy to life, the wife felt “cheapened” and “revolted” and deeply regretted her decision. For many, the fantasy excites precisely because it will never be enacted.

If we have very outlandish fantasies, does this mean that we must be mentally unbalanced?
Those individuals who present very elaborate and complex fantasies come from every walk of life. Among the clinical interviewees whose fantasies could be described as “outlandish” I detected no traces of formal mental illness. In fact, the most psychologically troubled participant in the interview group had, in fact, the least complex and least intricate fantasies of all the many research participants.

If we fantasise about someone other than our partner during sex or masturbation, does that mean that our relationship could be in trouble?
If we find ourselves in the grip of an intramarital affair fantasy, this does not necessarily prove that our relationship must be in trouble; however, the intramarital affair may be a harbinger of subsequent marital difficulties. By fantasising about someone other than our regular partner, our unconscious mind will have generated an opportunity for us to examine our relationship — an opportunity to inquire privately and honestly whether there may be difficulties that have propelled us into the arms of a lover conjured up by fantasy.

If we fantasise about something “illegal”, does this mean that we may be at risk of acting it out?
Fortunately, fantasy often exerts a hugely containing function for the human mind and, as a result, we manage to encapsulate some of the more aggressive and destructive aspects of our personalities in the fantasy content. I talked to many doctors, priests, social workers, nurses and other members of the “caring professions” who had very violent fantasies that they had never enacted and will never enact. If the fantasy becomes perverse — in other words, unmiti-gatedly sadistic, repeated compulsively and unceasingly — then it would represent a somewhat higher risk of ultimate enactment. However, mercifully, even those with compelling perverse paedophilic fantasies, for example, will often refrain from ever harming children in real life. If one finds oneself struggling with “illegal” fantasies about cruelty and torture, this may indicate a severe difficulty with aggression based on childhood trauma, and in such instances it might be prudent to consult a qualified mental health professional, especially if one has worries about the likelihood of an eventual enactment.

How can we explain the range of fantasies?
Why do some people prefer to be kissed and cradled while others enjoy inflicting pain? I have two answers to this question. In large measure, the content and structure of our fantasies will depend on the nature of our infantile and childhood experiences.
Those who have experienced a great deal of childhood trauma will be more prone to regular fantasies of sadism. Some individuals with horrifically abusive histories do have tender fantasies but only because, in my estimation, they enact their abusiveness in real-life destructive activities. I have, however, met many people with relatively stable histories who nonetheless have lurid fantasies — so one must allow for the possibility that aggressively tinged fantasies can result not only from primary trauma but also from creativity and from the capacity to allow oneself to regress to a more primitive mental state without becoming fixated at an infantile level of functioning.
In other words, most aggressive and destructive fantasies stem from early abuse, but in some cases they might represent a developmental achievement, the fantasiser having acquired the capacity to expand his or her mind to encompass a variety of experiences without acting them out.

Can we ever change our fantasies?
For the most part, my clinical data indicates that fantasy structures remain reasonably constant throughout adult life; however, changes in the emotional state of one’s intimate relationship can either fuel or quell particular fantasy constellations.
One of my patients, a law-abiding male, had very aggressive masturbatory fantasies about raping women, yet these fantasies became prominent only when he fought with his wife. During periods of marital contentment the patient seemed to have much less need to masturbate to his rape fantasies. One should also mention, perhaps, what I have come to call the “Krakatoa Complex”, a phenomenon whereby some external or internal event will serve as a trigger, opening up a whole new world of fantasy possibilities that have lain dormant.

How often do we lie about our sexual fantasies?
In retrospect, I wish I had included a question of this nature as part of my computer-ad-ministered survey for the British Sexual Fantasy Research Project. I do not know the answer, although on the basis of my clinical work I suspect that human beings lie quite regularly about their fantasies. I remain impressed by the number of times that men and women to whom I spoke prefaced their discussion of sexual fantasies with the qualifying phrase “I’ve never told this to anyone before”. I certainly noted a distinction between “true fantasies” and “pub fantasies”.
A man in a pub sharing a fantasy with his friends may well be telling the truth when he reports a wish to have sex with Britney Spears — but in most instances his report of the fantasy will stop at this point, devoid of the more revealing details of what he wishes to do to or with Britney Spears, or what he wants her to do to him. In Britain, sexual fantasy remains a relatively taboo area of discourse.

Do we control our fantasies or do they control us?
This could be described as the $64,000 question, the subject of much controversy in psychological and sexological circles. As a psychotherapist I have met too many people over the years whose fantasies have troubled them (because of religious prohibitions, parental prohibitions, repetitions of early sexual abuse or any combination thereof) and who have desperately attempted to erase these sexual fantasies from their minds; but in virtually every case the fantasies continued to erupt into consciousness and could not readily be avoided. Certainly, highly traumatised individuals have little conscious control over their fantasies. On the whole, I have found that we may not be the ultimate architects of our sexual fantasy lives, much as we may wish to be. As a young gay male patient once reported: “If I could be straight, I would. Life would be so much easier and my parents would be cooler about everything. But I can’t. I just can’t fantasise about women. So that’s that.”

One should allow for the possibility that, while some Britons may be able to sculpt their erotic lives, for many their erotic propensities will sculpt them.

Extracted from Sex and the Psyche by Brett Kahr, published by Allen Lane on February 22 at £25. © Brett Kahr 2007 www.penguin.co.uk. Available for £22.50 (including p&p) from Times BooksFirst: call 0870 1608080; timesonline.co.uk/booksfirstbuy Brett Kahr will discuss the origins and meaning of contemporary sexual fantasies with Rowan Pelling, the former editor of The Erotic Review, the clinical psychologist Oliver James and the novelist Joanna Briscoe at the ICA, London, on Monday, March 5 at 8.30pm. Box office: 020-7930 3647 www.ica.org.uk Men on our minds...

O Tamanho do Pênis


"O Pénis – Da Masculinidade ao Órgão Masculino, de Nuno Monteiro Pereira, médico, consultor de Urologia, mestre em Sexologia, doutor em Cirurgia-Urologia, professor na Universidade Lusófona, e o responsável da consulta de Andrologia do Hospital Júlio de Matos"
"Quem é o homem que recorre ao médico com mais frequência? Curiosamente, são aqueles que possuem um pénis normal. Mas que julgam que o respectivo órgão sexual é deveras pequeno.
Nesses casos, uma intervenção cirúrgica seria um erro?
Para um homem que tem um pénis normal, mas que está convencido do contrário, não existe nada que se possa fazer para contrariar essa ideia, que não corresponde à realidade. Este é o tipo de doente que é perigoso, porque nunca ficará satisfeito.
Existem razões?
A causa pode ser irrealismo: geralmente, os homens não sabem o tamanho dos pénis uns dos outros, e os que vêem são baseados em factos que não são verdadeiros. Refiro-me, por exemplo, aos filmes pornográficos. Não há nenhum actor pornográfico que tenha o pénis normal! E esta situação pode criar o mito de que aquele pénis que o homem está a ver na televisão é normal, mas, na verdade, não é.
O micropénis fulmina a vida sexual, e aquele cujo tamanho está acima da média traduz felicidade?
Não, porque um megapénis não funciona bem, porque toda a dinâmica depende das pressões arteriais e da circulação sanguínea. Sendo demasiado grande, não há compressão arterial que seja capaz de o encher.
A medicina dá alternativas?
Sim. Eu faço operações em que tenho que diminuir o volume. Os resultados são bons, as pessoas ficam satisfeitas.
As mulheres têm influência na ida do homem ao médico?
Total. Quem convence os homens são as mulheres, e inclusive são elas que marcam as consultas. Talvez agora existam menos casos destes, mas indubitavelmente, a intervenção feminina é decisiva, porque é a mulher que disciplina o homem.
A auto-estima masculina depende da empatia com o pénis?
Sim. O pénis está muito enraizado na nossa cultura. Tem grande importância, porque na cabeça das pessoas simboliza virilidade, e se não for suficientemente grande e apto, a varonia fica inapta. Também não deixa de ser curioso: os grandes cultores da dimensão peniana são os homossexuais! À população, que, culturalmente, é posta em dúvida o vigor sexual – o que está errado do ponto de vista científico – tem muitíssimas mais preocupações em relação ao tamanho do pénis do que acontece num heterossexual.
Os homens nunca estão satisfeitos?
Teoricamente, não.
É correcto que a idade altera a dimensão?
Nem sempre o pénis tem tendência a diminuir. Pode-se pensar que a idade provoca atrofia, mas tal não é verdade. Isso só surge se houver doença peniana. Num homem saudável, até tende a aumentar.
Consumir substâncias estimulantes, ecstasy, red bull, provoca alterações?
No tamanho e na erecção, não. Mas traz perturbações a nível do desejo sexual.
Concorda que o apetite sexual masculino e feminino estão longe de serem semelhantes?
Sim! O desejo masculino não é muito difícil de interpretar. É básico, no sentido de que é mais fisiológico. O desejo feminino é muito complexo. Depende do envolvimento, dos sentimentos.
O homem é súbdito do órgão sexual? Embora seja ‘escravo’ do pénis, não está tanto como estão outros animais. O homem pode ter uma erecção quando não pretende, e na altura em que quer não consegue. A partir do momento em que existem erecções penianas, o pénis, que é possível ser controlado, não é totalmente controlável.
Ainda há marialvas?
Estão em via de desaparecimento. A ascensão da influência feminina é a responsável. O marialvismo está ligado à sexualidade, e a partir do momento em que a mulher passou a ter domínio na sociedade ocidental, provocou uma diminuição. Inclusivamente, digo que a libertação da sexualidade feminina causou uma hipotrofia da sexualidade masculina.
Parece-lhe que metrossexualidade é confundida com homossexualidade?
Há essa ideia, mas está, de todo, errada. Um metrossexual não é um homossexual. Um homem que se preocupa com a sua imagem, que usa cremes, não quer dizer que sinta atracção pelo mesmo sexo.
A mentalidade mudou?
Bastante! Por exemplo, as perfumarias já não têm só uma prateleira com produtos masculinos. Há quinze anos as coisas não eram assim. Lembro-me que os homens que tratavam das unhas faziam-no na clandestinidade. Além de tudo, um homem que se perfumava era mal visto, tanto pelos homens, como pelas mulheres.
Como vê a evolução?
É precisamente no futuro que reside o problema. Julgo que não será uma evolução rápida mas pode acontecer que ocorra uma tendência oposta e que nasça, futuramente, um certo machismo que nos dias que correm está, claramente, em desuso. A sua tese de mestrado foi sobre a importância da morfologia do pénis. A tese de doutoramento recaiu sobre a dimensão peniana.
Existe alguma razão específica para a centralização nesta problemática?
Como sabe, sou doutorado em Urologia. Faço consultas neste ramo da Medicina já lá vão mais de duas décadas. O pénis está relacionado com a sexualidade humana. Fazendo uso de algum humor, ainda lhe posso dizer que o pénis é o meu dia-a-dia!
Quer dar alguma sugestão?
Todo o indivíduo que tenha dúvidas, deve consultar de imediato um urologista."

Falando Sobre Sexo




"Estes são os cartazes da nova campanha da Real Life, Real Talk, uma organização Americana que tem como objectivo mudar a forma como as comunidades encaram a sexualidade criando para isso um espaço que permita a troca de experiências de forma aberta e clara.Neste site todos os utilizadores podem colocar questões e relatar experiências que são posteriormente respondidas ou comentadas por profissionais e por outros utilizadores.De acordo com a organização um clima social mais positivo nestes aspectos levará a que as pessoas – em particular os jovens – tenha informações e serviços que lhes permitam fazer as suas próprias escolhas na área da sua saúde sexual e reprodutiva. Ou seja, uma vez que as pessoas tenham consciência de que podem falar abertamente sobre a sua sexualidade e se questionem sobre as consequências dos silêncios que as rodeiam no que diz respeito a estes assuntos poderão tomar atitudes que lhes permitam uma melhoria positiva na sua saúde sexual."

Zoofilia



















Também conhecida como bestialidade, consiste na relação sexual com animais. É um distúrbio sexual encontrado principalmente em pessoas pervertidas com características de rudez, insensibilidade e grosseria, normalmente mais presente no campo, entre lavradores. Devido a transtornos neuróticos, tal pessoa vive um bloqueio afetivo para com o amor a um parceiro humano, onde a idéia presente em nível consciente expressa a crença errada de que o animal é mais adequado que o semelhante em termos sexuais. (Freud).

sábado, 20 de outubro de 2007

Sexualization of girls


«A report of the American Psychological Association (APA) released today found evidence that the proliferation of sexualized images of girls and young women in advertising, merchandising, and media is harmful to girls' self-image and healthy development.

To complete the report, the APA Task Force on the Sexualization of Girls studied published research on the content and effects of virtually every form of media, including television, music videos, music lyrics, magazines, movies, video games and the Internet. They also examined recent advertising campaigns and merchandising of products aimed toward girls.

Sexualization was defined by the task force as occurring when a person's value comes only from her/his sexual appeal or behavior, to the exclusion of other characteristics, and when a person is sexually objectified, e.g., made into a thing for another's sexual use. Examples of the sexualization of girls in all forms of media including visual media and other forms of media such as music lyrics abound. And, according to the report, have likely increased in number as "new media" have been created and access to media has become omnipresent.

The influence and attitudes of parents, siblings, and friends can also add to the pressures of sexualization. "The consequences of the sexualization of girls in media today are very real and are likely to be a negative influence on girls' healthy development," says Eileen L. Zurbriggen, PhD, chair of the APA Task Force.

"We have ample evidence to conclude that sexualization has negative effects in a variety of domains, including cognitive functioning, physical and mental health, and healthy sexual development." Research evidence shows that the sexualization of girls negatively affects girls and young women across a variety of health domains: Cognitive and Emotional Consequences: Sexualization and objectification undermine a person's confidence in and comfort with her own body, leading to emotional and self-image problems, such as shame and anxiety.

Mental and Physical Health: Research links sexualization with three of the most common mental health problems diagnosed in girls and women-eating disorders, low self-esteem, and depression or depressed mood. Sexual Development: Research suggests that the sexualization of girls has negative consequences on girls' ability to develop a healthy sexual self-image.

According to the task force report, parents can play a major role in contributing to the sexualization of their daughters or can play a protective and educative role. The APA report calls on parents, school officials, and all health professionals to be alert for the potential impact of sexualization on girls and young women. Schools, the APA says, should teach media literacy skills to all students and should include information on the negative effects of the sexualization of girls in media literacy and sex education programs.

"As a society, we need to replace all of these sexualized images with ones showing girls in positive settings-ones that show the uniqueness and competence of girls," states Dr. Zurbriggen. "The goal should be to deliver messages to all adolescents-boys and girls-that lead to healthy sexual development."»

American Psychological Association (APA)
http://www.apa.org

Notícia publicada em Medical News Today,19 Feb 2007

Imagem: Paula Rego, Snow White


Procrastinar


Assistência Sexual

Isabel Freire diz em seu blog :

Acho que o título do post de Ana Garrett (no seu Blog Depois do Trauma), foi muitíssimo bem escolhido! O texto que se seguia era este: «O governo Suíço decidiu formar acompanhantes eróticos para pessoas portadoras de deficiência. Um passo gigante no reconhecimento do direito ao prazer. Os objectivos desta formação prendem-se com questões muito simples: por exemplo, uma mulher tetraplégica pode apenas querer sentir a pele de um homem junto da sua, ou um jovem autista pode desejar ver uma mulher nua, ou um homem com espasticidade dos membros superiores pode necessitar de ajuda para se masturbar… isto pensando no princípio da heterossexualidade, no entanto aplica-se a orientações sexuais distintas, obviamente. Os domínios prioritários da formação focalizam-se no conhecimento das deficiências, no enquadramento legal e jurídico, na dinâmica institucional e em questões anatomo-sexuais. É necessário preencher determinados critérios para se candidatar a acompanhante erótico (idade, profissão, estado de saúde…) e os assistentes sexuais serão supervisionados pela Association Suisse Sexualité et Handicap Pluriels - SEHP

Texto retirado do blog de Ana Garrett, Depois do Trauma

Os Barebackers


"Os barebackers (praticantes do barebacking) se reúnem em grupos que cultuam a prática do sexo sem camisinha como se fosse uma religiăo. A questăo da transmissăo da AIDS é tratada de forma clara e objetiva. Eles afirmam que um adulto tem o direito e a obrigaçăo de fazer suas escolhas e de arcar com as conseqüęncias delas. Admitem que o barebacking é uma forma em potencial de transmissăo do vírus, mas assumem a responsabilidade do contágio. Para eles a vida é curta demais para ser desperdiçada ou mal aproveitada. Na verdade a transmissăo da AIDS é o foco central em que se estrutura a ideologia do barebacking. Há denominaçőes específicas para aqueles que buscam o contágio e para aqueles que disseminam o vírus.
(...)
Pela internet há milhares de sites que divulgam e defendem a prática, criando comunidades virtuais, páginas de encontro, perfis para os assinantes. Dessa forma, a internet surge como o principal meio de difusăo do barebacking, de agremiaçăo dos seus praticantes. Isso se torna um problema grave, pois ainda năo há uma legislaçăo específica para os chamados 'crimes de internet'. A prática do barebacking năo é enquadrada como crime, embora alguns países da Europa e Estados Unidos tentem aplicar a lei contra os barebackers.
(...)
Código linguístico Barebacker
Bug chasers: Homens soronegativos procurando se infectar com o HIV.
Bug Brothers: Grupo de homens soropositivos.
Gift Givers: Homens soropositivos predispostos a infectar os soronegativos.
The Gift: O virus HIV.
Conversion Parties: Festas de sexo grupal em que a prática do barebacking é liberada, em que os soronegativos (bug chasers) buscam os soropositivos (gift givers) para serem infectados pelo HIV.
Russian Roullet Parties: Festas de sexo grupal em que a prática do barebacking também é liberada, mas ninguém sabe quem é o soropositivo e quem é soronegativo.
Charged cum ou poz cum: Sęmen infectado pelo HIV.
Fuck of Death: Ato sexual em que a chance de que o vírus seja transmitido é alta.
WIKIPEDIA
Imagem: Publicidade Durex (China)
**Texto retirado do blog de Isabel Freire, Jornalista - Lisboa - Portugal
Autora dos Livros:
"Fantasias Eróticas - Segredos das Mulheres Portuguesas", editado por A Esfera dos Livros.
Texto retirado do blog de Isabel Freire

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Sexo com Pimenta no Casamento

Elizabeth Jane - erotic art



Preconceitos e contrariedades à parte, ai vai uma reportagem da revista CLÁUDIA intitulada "Sexo com pimenta no casamento" que abordou em "10" grandes cidades Brasileiras o que mais de 100 mulheres fazem para melhorar suas relações no casamento:

A medida da paixão

Nesse quesito, nossas entrevistadas estão dentro da média dos brasileiros. Para a maioria, o sexo rola toda semana. "Acredito que 50% da felicidade no relacionamento é determinada pela vida sexual. Se desse, faria todos os dias. Infelizmente não é possível por causa da correria. Mas estou satisfeita, porque eu e meu marido temos uma sintonia muito boa", diz a produtora carioca Ana Paula, 29 anos. Com dois filhos e a carreira, ela ainda tem fôlego para transar três vezes ou mais por semana. A jornalista Danielle, 31 anos, de Curitiba, tem relações uma ou duas vezes por semana e acha que está de bom tamanho para o seu gás. "Com a rotina - trabalho, casa, filhos -, me tornei um pouco preguiçosa. Tiramos o atraso nas férias. Aí estamos mais relaxados, sem compromissos, e acontece todo dia."

Qualidade aprovada

É certo que, com cinco anos ou mais de casamento, o sexo não é mais aquela coisa arrebatadora dos tempos de namoro. Mas, se de um lado os casais perdem o estado febril, por outro ganham em sintonia fina e cumplicidade. "Com o tempo e a intimidade, aprendemos a conversar mais e a deixar claro o que excita cada um", explica Carla, 38 anos, pesquisadora científica, de Campinas (SP). Quase todas as mulheres que ouvimos procuram meios de sair da mesmice e de evitar que o fogo apague. "Às vezes até realizamos fantasias como transar em locais públicos, no carro. As massagens com cremes antes, durante e depois também são tudo de bom", comenta Camila, 37 anos, psicóloga, do Rio de Janeiro, que está no segundo casamento.

A era da iniciativa

As mulheres não esperam mais, passivamente, o prazer - vão buscá-lo, com energia e imaginação. Uma boa parcela, de fato, ousa nas estratégias. "Faço show de striptease e preparo surpresas. Uma vez, fiquei esperando meu marido nua dentro da sala do seu consultório! Em outra, preparei um ambiente aromatizado, com velas e acessórios, e levei-o lá de olhos vendados", revela a fisioterapeuta paulistana Fernanda, 28 anos. A psicóloga Cristina, 36 anos, de Porto Alegre, é igualmente aberta: "Não tenho frescura, topo sexo anal, ir a motéis ou lugares diferentes, experimento o que aparece e agradeço". Para não deixar a monotonia se infiltra na cama a administradora Luciana, 32 anos, de Curitiba, conta com a ajuda do marido. "Gostamos de caprichar nas preliminares e ele sempre me abastece de brinquedinhos. Já me deu fantasia de tigresa, de Mamãe Noel, de colegial e uma coleção de calcinhas sexy."

Da necessidade do orgasmo

A pesquisa não deixa margem a dúvidas: estamos lidando melhor com essa questão. Uma grande porcentagem de leitoras chega ao clímax com freqüência, embora não faça dele o maior ou único objetivo da relação sexual. Se não acontecer, também vale. A psicóloga Ana Cristina Canosa, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, acredita que isso se deve ao fato de a mulher valorizar muito a cumplicidade e o carinho. "Em uma transa rápida, às vezes não há orgasmo e mesmo assim é legal. O sexo ajuda a aliviar o stress", garante Alexssandra, 28 anos, gerente comercial, de Curitiba. "Conheço muito bem meu corpo e vou atrás do que me leva ao clímax", diz Márcia, 38 anos, médica, de Salvador. A atitude do parceiro também ajuda. O meu não me apressa, se segura para gozarmos juntos", comenta Élida, 35 anos, bancária, de Belo Horizonte. A comerciante Rosângela, 31 anos, de Cuiabá, e o marido introduziram cremes, masturbação e brinquedos sexuais para garantir o êxtase. Assim fica mais gostoso", diz.

Masturbação sem restrições

Felizmente estamos perdendo o preconceito e admitindo que não há melhor maneira para conhecermos a própria sexualidade", observa Carmita Abdo."Com a masturbação, descobrimos onde, como e com que intensidade gostamos de ser tocadas. "Cléia, 31 anos, pecuarista, de São Paulo, concorda com a terapeuta. "Durante a penetração, gosto de me tocar em alguns pontos e peço a meu marido para fazer o mesmo. Assim,a nossa vida sexual melhorou muito ao longo dos anos." Já Rosa, assessora de comunicação, 30 anos, de Recife, prefere incluir a masturbação nas preliminares. "Nesse momento penso em coisas tão loucas que não conto nem para meu marido."

Sexo oral em alta

É pimenta pura. "Com ele, a estimulação clitoridiana é mais direta e rápida, o que facilita muitíssimo o orgasmo. A enquete mostra que as leitoras descobriram essa via extraordinária para chegar ao clímax", observa Ana Cristina Canosa. "É maravilhoso ver como meu marido pega fogo quando eu o estimulo assim", confessa Patrícia, 36 anos, dona-de-casa, de Porto Alegre. "Além de ser muito gostoso, faz a relação durar mais tempo, o que é ótimo", diz a professora mineira Denise, 39 anos.

Sexo anal sem tabus

A julgar pelo que diz boa parte de nossas entrevistadas, o sexo anal está perdendo o estigma - ainda que não chegue a entusiasmar a maioria delas. "Antes, eu achava que doía. Mas, com meu amadurecimento sexual, aprendi a fazer e até a ter um pouco de prazer. Meu marido procura os momentos certos, com amor e carinho", conta Andréa, 33 anos, assistente de eventos, de Salvador. Segundo Ana Canosa, ainda temos que derrubar vários mitos em torno do assunto. A comerciante Rosângela, 31 anos, de Cuiabá, já conseguiu. "Com os cuidados necessários e o uso de cremes anestésicos, é ótimo."

O combustível das fantasias

Pensar em sexo ao longo do dia é a receita da terapeuta Ana Cristina Canosa para seus pacientes. "É a fantasia que alimenta a libido", assegura. Nossas entrevistadas seguem a recomendação, cada uma à sua maneira. "Fantasia para mim não está relacionada,digamos, a uma lingerie de oncinha. Tem mais a ver com as surpresas e o inusitado. Adoro a idéia de sair para jantar e depois descer para o litoral,sem programação, aproveitando o clima do momento", descreve a ginecologista Stellamaris,36 anos, de Curitiba. "Com a cumplicidade de uma relação duradoura ficamos à vontade para fazer jogos eróticos e realizar fantasias", acrescenta."Isso me tira da rotina e me deixa mais selvagem",conta a comerciante baiana Renata,33 anos."Às vezes,pinta umas maluquices na cabeça:quem nunca se imaginou na cama com o George Clooney?", diz a analista financeira Ana Paula, 31 anos, de São Paulo.Já a professora de educação física baiana Kate, 27 anos, gosta de se imaginar transando com o marido em lugares públicos,como uma estrada."Acho que a gente já está fazendo sexo quando pensa:produz um clima."

Sex shops embaixa

Como se explica o fato de as sex shops não seduzirem nosso círculo de leitoras? "Entrar numa dessas lojas é quase uma confissão de que você foi buscar lá um estímulo para sua vida sexual, e muitas mulheres ainda têm vergonha de assumir esse impulso", analisa a psiquiatra Carmita Abdo. Prova disso são as palavras da arquiteta Thaís, 26 anos, de Cuiabá. "Morro de vontade de ir, mas sozinha não tenho coragem. Estou tentando convencer algumas amigas a me acompanhar. Depois de vasculhar tudo, quero levar meu marido." Gabriela, 34 anos, jornalista, de Porto Alegre, não vê necessidade: "Dá para incrementar a relação com cremes e massageadores que encontro em outros lugares". A secretária Janaína, 26 anos, de Brasília, está entre as entrevistadas que já foram conferir o que uma sex shop tem (30%). "Vou com meu marido e procuramos camisinhas coloridas, com cheiro ou formas diferentes, além de roupas íntimas temáticas. São excelentes para evitar que o casamento caia na rotina."

Gritos e sussuros

Ninguém definiu melhor o poder afrodisíaco das palavras do que a escritora Isabel Allende: "O ponto G fica no ouvido". Casada pela segunda vez, a produtora de moda Catarina, 40 anos, do Rio de Janeiro, também é enfática: "Tem que falar sempre! O segredo da grande transa está na criatividade com as palavras". Outra entusiasta é a professora Raquel, 37 anos, de Belo Horizonte. "Uma palavra bem colocada esquenta o sexo, deixa a gente mais ligada." Isabel, 38 anos, jornalista, de Campinas, faz só uma ressalva: "Eu sou romântica, por isso dispenso comentários duros ou violentos".

Nada de troca-troca

Sexo bom é sexo a dois. Disso nossas entrevistadas não abrem mão. Fantasiar um suingue ou uma relação a três é ótimo, mas que fique por aí. "O marido é meu, não quero esse negócio de trocar", diz a contadora Ana Cristina, 35 anos, de Salvador. "Se existe amor entre os dois, não cabe mais ninguém", avalia a analista de controle Alessandra, 31 anos, de Recife. O que impede a pedagoga carioca Patrícia, 38 anos, de levar a experiência adiante não é a convicção, e sim o medo. "Gostaria muito de saber como é a dupla penetração. Eu e meu marido já fizemos uma experiência com a ajuda de um vibrador, mas não senti nada demais. Acho que com dois homens seria diferente. Mas falta coragem."

DIREITOS SEXUAIS


DECLARAÇÃO DOS DIREITOS SEXUAIS
1. O direito à liberdade sexual. A liberdade sexual diz respeito à possibilidade dos indivíduos em expressar seu potencial sexual. No entanto, aqui se excluem todas as formas de coerção, exploração e abuso em qualquer época ou situações de vida.

2. O direito à autonomia sexual, integridade sexual e à segurança do corpo sexual. Este direito envolve a habilidade de uma pessoa em tomar decisões autônomas sobre a própria vida sexual num contexto de ética pessoa e social. Também inclui o controle e o prazer de nossos corpos livres de tortura, mutilação e violência de qualquer tipo.

3. O direito à privacidade sexual. O direito às decisões individuais e aos comportamentos sobre intimidade desde que não interfiram nos direitos sexuais dos outros.

4. O direito a igualdade sexual. Liberdade de todas as formas de discriminação, independentemente do sexo, gênero, orientação sexual, idade, raça, classe social, religião, deficiências mentais ou físicas.

5. O direito ao prazer sexual. Prazer sexual, incluindo autoerotismo, é uma fonte de bem estar físico, psicológico, intelectual e espiritual.

6. O direito à expressão Sexual. A expressão sexual é mais que um prazer erótico ou atos sexuais. Cada indivíduo tem o direito de expressar a sexualidade através da comunicação, toques, expressão emocional e amor.

7. O direito à livre associação sexual. Significa a possibilidade de casamento ou não, ao divórcio, e ao estabelecimento de outros tipos de associações sexuais responsáveis.

8. O direito às escolhas reprodutivas livres e responsáveis. É o direito em decidir ter ou não ter filhos, o número e o tempo entre cada um, e o direito total aso métodos de regulação da fertilidade.

9. O direito à informação baseada no conhecimento científico. A informação sexual deve ser gerada através de um processo científico e ético e disseminado em formas apropriadas e a todos os níveis sociais.

10. O direito à educação sexual compreensiva. Este é um processo que dura a vida toda, desde o nascimento, pela vida afora e deveria envolver todas as instituições sociais.

11. O direito á sáude sexual. O cuidado com a saúde sexual deveria estar disponível para a prevenção e tratamento de todos os problemas sexuais, preocupações e desordens.

Liberdade Sexual Feminina



"...Utopia é pensarmos que os anticoncepcionais e alguns sutiãs jogados ao ar tenham nos liberado realmente ...por isso que venha mais conhecimento científico...e liberdade , ainda que tardia.."


Retirado de um comentário aqui do blog.

Coloque Mais Emoção na Relação


As relações afectivas necessitam de muita emoção... necessitam frequentar a "academia de ginástica"... necessitam de exercício diário, de uma dieta hipercalórica. É primordial a reconstrução continuada a cada dia, transpondo os limites necessários ao alcance do prazer... enfrentar seus paradigmas, estabelecendo novas fronteiras à luz do diálogo e do entendimento. Um "cupido" de cumplicidade e confiança como passaporte para uma vida mais feliz.

Pornografia



"A Pornografia não está nas mãos da criança que descobre a sexualidade masturbando-se,mas nas mãos do adulto que a esbofeteia"
Bernardo Bertolucci


"Texto extraido do blog - A Perfect Sonnet"

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A Sexualidade Através do Tempo


Na Grécia antiga, os gregos cultivavam o aspecto físico, pois achavam que um belo corpo abrigaria um espírito nobre, e também a harmonia e simetria em todas as coisas, tanto materiais quanto morais. Muitos eram "pederastas" (O termo pederastia - do grego antigo παιδεραστία, de παῖς "menino" e ἐράω "amar" - designa uma atração sexual primária de pessoas adultas voltada para adolescentes e pré-púberes, geralmente do sexo masculino), utilizavam-se de adolescentes do sexo masculino como aprendizes dos grandes "mestres", que em troca de aprendizado intelectual, teria do aluno práticas sexuais. Nos encontros sociais "masculinos" podia haver sedução entre homens normalmente, sem agredir sua masculinidade (homossexuais??). As concubinas e prostitutas eram plenamente aceitas na Grécia antiga, inclusive havia a "prostituição sagrada", praticada em templos onde mulheres ofereciam serviços sexuais em honra aos deuses. A virgindade não era valorizada na Grécia, as mulheres também praticavam o homossexualismo e a masturbação. existia um objeto denominado "olisbos", um pênis artificial feito de madeira ou pele, usado para auto-satisfação ou para a relação homossexual. As mulheres da Grécia antiga já praticavam a anticoncepção, usando ervas, fezes de crocodilo e azeite de oliva em emplastos feitos de linho. Achava-se que as relações sexuais facilitavam o "fluxo menstrual", daí serem indispensáveis desde cedo para as mulheres.

Em Roma, também o homossexualismo e o bissexualismo não eram problema. O imperador Júlio César, por exemplo, era conhecido como "o marido de todas as mulheres e o esposo de todos os maridos". Augusto, Tibério e tantos outros eram adeptos ao bissexualismo.

Os Hebreus... O cristianismo iniciou uma repressão compulsória contra a liberdade sexual. Eram monoteístas e tinham um código religioso (o Decálogo) que era também um código moral, daí a essência da visão judaica sobre sexo - "a procriação seria a razão básica para o relacionamento sexual". Os judeus condenavam a prostituição e a infidelidade, que eram punidas como o apedrejamento.
No final do século III, a igreja já estava bem sedimentada e organizada, sendo portanto uma esperança de unificação do Império. Uma religião que resistiu a três séculos de perseguições e se mantinha viva, cada vez mais forte...seguiria em frente, com certeza!!!

Logo após .....a Idade Média, período de consolidação das culpas, dos pecados e das proibições. Marcada por fortes contradições dentro da Igreja, pois esta era, ao mesmo tempo, a mentora das Cruzadas - onde se matava em nome de Deus - e uma religião de desprendimento e amor. A Igreja detinha o poder religioso e disputava o temporal de todos os modos. Se um homem quisesse estudar tinha que se tornar padre. A sexualidade era reprimida aos excessos... um tempo confuso no âmbito sexual.

Enfim o Renascimento....O século XV....Florença.....Nesse momento o homem passa a pensar em si mesmo como indivíuo e a aceitar como naturais seus desejos, persepções e impulsos. "O homem é a medida de todas as coisas". Vem o declínio da espiritualidade...Muitos "Papas" transgrediram as muralhas da moral e os votos do celibato, prevaricaram mais e mais, no silêncio de um desejo insaciável... O papa Alexandre VI, era pai de, pelo menos, cinco filhos ilegítimos, dentre eles Lucrécia Bórgia e César Bórgia. Bórdéis tinham a autorização da Igreja, a liberdade sexual retomara seu lugar entre a sociedade da época. O papa Paulo III também tinha um filho. Júlio II teve três filhos ilegítimos e fundou um bordéu em Roma, no início do século XVI. Para a construção da Igreja de São Pedro, foram vendidas indulgências, ou seja, a remissão da punição dos pecados. Foi quando o padre Martinho Lutero lidera a Reforma Protestante, separando-se da Igreja Católica. Um grito de "basta" em meio a tanta fornicação dos representantes legítimos da Igreja Católica.

Trechos do Livro - O Prazer e o Pensar, 1999 Vol 1 - Marcos Ribeiro.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Sexualidade Feminina

A sexualidade de um indivíduo define-se como sendo as suas preferências, predisposições ou experiências sexuais, na experimentação e descoberta da sua identidade e atividade sexual, num determinado período da sua existência.
Além dos fatores biológicos, a sexualidade de um indivíduo pode ser fortemente afectada pelo ambiente sócio-cultural e religioso em que este se insere. Por exemplo, em algumas sociedades, na sua maioria orientais, promove-se a poligamia ou bigamia, i.e., a possibilidade ou dever de ter múltiplos parceiros.
Em algumas partes do mundo a sexualidade explícita ainda é considerada como uma ameaça aos valores político-sociais ou religiosos.
Na verdade a sexualidade é re-conceituada como um fenômeno "relacional"- Dá-se ênfase à relação e ao aprendizado, vendo-se a Sexualidade como uma interface com o mundo e com outras pessoas em uma densa zona de interação (Bleier).
Para a maioria das mulheres, a sexualidade continua a se inscrever em atitudes e compromissos bem diferentes em relação aos homens. As mulheres, muito mais que os homens, insistem no compromisso ou na ligação afetiva ou conjugal, que fundamenta a relação sexual. Os homens se mostram mais dispostos a separar a sexualidade e o sentimento, essa diferença de envolvimento afetivo entre homens e mulheres se manifesta desde a primeira relação sexual, que para os homens é sobretudo uma etapa do aprendizado técnico da sexualidade e da construção de sí, sem referência a uma relação (Bonzon,1995).