sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O Tempo II

Nada mais importa, nenhuma outra chance...
O som patético do torpor que contamina a noite,
Nem o vento calmo e silencioso,
Nenhum movimento sequer ousava ficar.

Todos os silêncios conspiravam,
Tudo parecia derradeiramente fatal,
Não restara dor nenhuma,
Insólita desilusão...

O abismo encurralava uma última esperança,
Distante, o som da tempestade sórdida,
Incisava todo o firmamento,
Denunciando sua intenção.

Nada mais seria poupado,
A implacável angústia enfim cessaria,
Todos os destroços ficariam para trás,
Um novo recomeço no fim...


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