quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mulheres Marcantes

A única perfeição é a alegria
Não ter amado é não ter vivido


Ouse, ouse... ouse tudo!!!
Não tenha necessidade de nada!
Não tente adequar sua vida a modelos,
nem queira você mesmo
ser um modelo para ninguém.
Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida,
aprenda ... a roubá-la!
Ouse, ouse tudo!
Seja na vida o que você é,
aconteça o que acontecer.
Não defenda nenhum princípio,
mas algo de bem mais maravilhoso:
algo que está em nós e que queima
como o fogo da vida!
Quem pois, dominado por ti, poderá escapar,
Se sentiu teu grave olhar voltado para ele?
Eu não fugirei, se me apanhas
Jamais crerei que só fazes destruir!
Entretanto - tu também, mereces ser vivida!
Claro, não és um espectro da noite
Vens lembrar tua força ao espírito:
É o combate que engrandece os maiores,
O combate como derradeiro alvo, por caminhos
Por isso, se só podes me ofertar, ó dor,
Em lugar de felicidade e do prazer, a verdadeira grandeza,
Vem lutar comigo, num corpo a corpo,
Vem lutar comigo, na vida e na morte -
Mergulha no fundo do coração,
Mergulha no mais profundo da vida,
Leva para longe o sonho da felicidade e da ilusão
Leva para longe o que não merecia um infindo esforço.
Nunca triunfará verdadeiramente sobre o homem autêntico
Mesmo que ele te ofereça teu peito nu
Mesmo que se aniquilasse, desaparecesse na noite!
És apenas um pedestal para a grandeza do espírito!
No mais profundo de si mesmo, o nosso ser
rebela-se em absoluto contra todos os limites.
Os limites físicos são-nos tão insuportáveis quanto
os limites do que nos é psiquicamente possível:
não fazem verdadeiramente parte de nós.
Circunscrevem-nos mais estreitamente do que
desejaríamos.


Lou Andreas Salomé.


Fiz questão de postar novamente esses pensamentos da grande "Lou", pois entendo que coisas interessantes como essa devem ter sempre o seu espaço reservado em nossa memória. Psicanalista por consequência de todas as suas grandes experiências afetivas, livre e defensora do amor livre e incondicional, amplo e irrestrito, sem as amarras do casamento institucionalizado. 


Muitas vezes a defesa de que o "diálogo" se faz essencial ao entendimento, quando o assunto é o erotismo, desaba em uma desconstrução inevitável, que se justifica frente ao poder de entendimento dos "corpos"; que têm a sua própria linguagem e percepção. Está além das palavras, do conceitual, tem como cúmplice o inesperado, o liberto, o indomável, o que atua por conta própria, sem freios ou medidas, que habita o lúdico e se deleita sem temor. Os corpos falam usando sua linguagem própria, assim como as crianças se entendem e selecionam o seu grupo, sem travas, sem medos, sem grandes dificuldades, os corpos também o fazem. Deixemos os corpos falarem...



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