segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A Sexualidade Através do Tempo


Na Grécia antiga, os gregos cultivavam o aspecto físico, pois achavam que um belo corpo abrigaria um espírito nobre, e também a harmonia e simetria em todas as coisas, tanto materiais quanto morais. Muitos eram "pederastas" (O termo pederastia - do grego antigo παιδεραστία, de παῖς "menino" e ἐράω "amar" - designa uma atração sexual primária de pessoas adultas voltada para adolescentes e pré-púberes, geralmente do sexo masculino), utilizavam-se de adolescentes do sexo masculino como aprendizes dos grandes "mestres", que em troca de aprendizado intelectual, teria do aluno práticas sexuais. Nos encontros sociais "masculinos" podia haver sedução entre homens normalmente, sem agredir sua masculinidade (homossexuais??). As concubinas e prostitutas eram plenamente aceitas na Grécia antiga, inclusive havia a "prostituição sagrada", praticada em templos onde mulheres ofereciam serviços sexuais em honra aos deuses. A virgindade não era valorizada na Grécia, as mulheres também praticavam o homossexualismo e a masturbação. existia um objeto denominado "olisbos", um pênis artificial feito de madeira ou pele, usado para auto-satisfação ou para a relação homossexual. As mulheres da Grécia antiga já praticavam a anticoncepção, usando ervas, fezes de crocodilo e azeite de oliva em emplastos feitos de linho. Achava-se que as relações sexuais facilitavam o "fluxo menstrual", daí serem indispensáveis desde cedo para as mulheres.

Em Roma, também o homossexualismo e o bissexualismo não eram problema. O imperador Júlio César, por exemplo, era conhecido como "o marido de todas as mulheres e o esposo de todos os maridos". Augusto, Tibério e tantos outros eram adeptos ao bissexualismo.

Os Hebreus... O cristianismo iniciou uma repressão compulsória contra a liberdade sexual. Eram monoteístas e tinham um código religioso (o Decálogo) que era também um código moral, daí a essência da visão judaica sobre sexo - "a procriação seria a razão básica para o relacionamento sexual". Os judeus condenavam a prostituição e a infidelidade, que eram punidas como o apedrejamento.
No final do século III, a igreja já estava bem sedimentada e organizada, sendo portanto uma esperança de unificação do Império. Uma religião que resistiu a três séculos de perseguições e se mantinha viva, cada vez mais forte...seguiria em frente, com certeza!!!

Logo após .....a Idade Média, período de consolidação das culpas, dos pecados e das proibições. Marcada por fortes contradições dentro da Igreja, pois esta era, ao mesmo tempo, a mentora das Cruzadas - onde se matava em nome de Deus - e uma religião de desprendimento e amor. A Igreja detinha o poder religioso e disputava o temporal de todos os modos. Se um homem quisesse estudar tinha que se tornar padre. A sexualidade era reprimida aos excessos... um tempo confuso no âmbito sexual.

Enfim o Renascimento....O século XV....Florença.....Nesse momento o homem passa a pensar em si mesmo como indivíuo e a aceitar como naturais seus desejos, persepções e impulsos. "O homem é a medida de todas as coisas". Vem o declínio da espiritualidade...Muitos "Papas" transgrediram as muralhas da moral e os votos do celibato, prevaricaram mais e mais, no silêncio de um desejo insaciável... O papa Alexandre VI, era pai de, pelo menos, cinco filhos ilegítimos, dentre eles Lucrécia Bórgia e César Bórgia. Bórdéis tinham a autorização da Igreja, a liberdade sexual retomara seu lugar entre a sociedade da época. O papa Paulo III também tinha um filho. Júlio II teve três filhos ilegítimos e fundou um bordéu em Roma, no início do século XVI. Para a construção da Igreja de São Pedro, foram vendidas indulgências, ou seja, a remissão da punição dos pecados. Foi quando o padre Martinho Lutero lidera a Reforma Protestante, separando-se da Igreja Católica. Um grito de "basta" em meio a tanta fornicação dos representantes legítimos da Igreja Católica.

Trechos do Livro - O Prazer e o Pensar, 1999 Vol 1 - Marcos Ribeiro.

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