quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Amor para vida toda com um robô SEXUAL


13/12/2007

Amor para a vida toda com um robô sexual
Bonecos sexuais existem desde sempre, mas estão ficando cada vez mais espertos. David Levy, especialista em inteligência artificial, vê um futuro no qual as pessoas irão preferir os robôs aos humanos. Eles oferecerão melhor sexo e melhor relacionamento, diz Philip Bethge
Andy, cujas medidas são 101, 56 e 86 cm, tem o que muitos homens querem em uma mulher: "Paciência ilimitada". Ao menos é isso que promete a fabricante, First Androids, baseada em Neumarkt, perto de Nuremberg, no sul da Alemanha. Andy também vem com opcionais, inclusive um "sistema de felação, com níveis ajustáveis", um "pulso tangível", "moção do quadril em rotação" e um "sistema de aquecimento com controles ajustáveis" para aumentar a temperatura do corpo.
"Exceto pelos pés -que continuam frios, como na vida real", diz David Levy. O interesse do cientista britânico em Andy é puramente acadêmico, insiste. Para Levy, sua boneca sexual de alta tecnologia é um arauto de uma nova ordem mundial.
Levy é especialista em inteligência artificial. Ele é fascinado pela idéia de "amor e sexo com robôs", e suas visões de futuro incluem robôs masculinos e femininos como amantes e parceiros. Campeão de xadrez e presidente da Associação Internacional de Jogos de Computador, Levy, 62, acaba de publicar um livro, "Love and Sex with Robots: The Evolution of Human-Robot Relationships" (amor e sexo com robôs: a evolução dos relacionamentos entre humanos e robôs) -que é provocativo no verdadeiro sentido da palavra. Ele está convencido que os seres humanos farão sexo com robôs um dia. Eles vão nos mostrar práticas sexuais que nem imaginávamos existir. Vamos amá-los e respeitá-los e confiaremos a eles nossos mais íntimos segredos. Tudo isso, diz Levy, será realidade em 40 anos.
"O próprio conceito de parceiro artificial, marido, mulher, amigo ou amante desafia a noção de relacionamento da maior parte das pessoas no início do século 21,", diz Levy. "Mas minha tese é a seguinte: os robôs serão enormemente atraentes para os humanos como companheiros, por causa de seus muitos talentos, sentidos e capacidades." Com o rápido desenvolvimento da tecnologia, Levy acredita que é apenas uma questão de tempo antes das máquinas poderem oferecer traços humanos. De acordo com Levy, "amor e sexo com robôs em grande escala são inevitáveis".
A idéia de amor envolvendo andróides não é exatamente nova. Na mitologia grega, o escultor Pygmalino faz uma estátua de marfim de sua mulher ideal. Ele reza para a deusa do amor Afrodite para trazer vida à estátua, que ele chamou de Galatea. Afrodite concorda em ajudá-lo e, quando Pygmalion beija Galatea, ela devolve o beijo e os dois se casam.
A mesma coisa pode logo estar acontecendo com robôs. Levy já vê sinais de 'robofilia' nascente em toda parte. De acordo com Levy, o apelo do cão robô da Sony, Aibo, e de Furby, brinquedo que parece uma bola de pelo com apêndices e um circuito de computador interno, mostram o potencial da tecnologia de servir como espelho das emoções humanas. "Hoje em dia, é relativamente comum as pessoas desenvolverem fortes ligações emocionais com seus bichos de estimação virtuais, inclusive robóticos", diz Levy. "Então, por que se surpreender quando as pessoas formarem apegos igualmente fortes com pessoas virtuais, com robôs?
"Mesmo os computadores simples exercem uma atração quase mágica para algumas pessoas. A dedicatória do livro de Levy diz: "Para Anthony, estudante do MIT que tentou ter namoradas, mas descobriu que preferia relacionamentos com computadores. E para todos os outros 'Anthonys' do passado, presente e futuro, dos dois sexos." O que os viciados em computador dirão quando puderem brincar com computadores que se movem, falam e parecem ser pessoas e possivelmente até com emoções?
No que diz respeito ao sexo, os robôs podem em breve suplantar a experiência original de carne e osso, diz Levy. O pesquisador mergulhou fundo na história da máquina erótica para documentar a suscetibilidade do Homo sapiens aos brinquedos sexuais mecânicos. Ele descobriu evidências de vibradores movidos por mecanismos de relógio ou a vapor. Levy descreve uma máquina de masturbação para mulheres movida a pedal, desenhada em 1926 por engenheiros na cidade alemã de Leipzig. Em uma antologia pornográfica do século 17 do Japão, o autor leu sobre um "travesseiro de viagem libidinoso". A vulva artificial, chamada de "azumagata" (mulher substituta) em japonês, era feita de casco de tartaruga e tinha um buraco forrado de cetim.
Em suas viagens pelo globo, os marinheiros holandeses compartilhavam suas camas com bonecas de couro costuradas a mão, o que explica porque os japoneses hoje se referem às bonecas sexuais como "esposas holandesas" -apesar da versão atual não ser mais de couro. A empresa japonesa Orient Industry vende bonecas femininas que são réplicas quase perfeitas de jovens japonesas -desde a ponta do cabelo até a consistência da pele. O sucesso da empresa baseia-se em um modelo anterior chamado de "Antarctica", uma boneca que os cientistas costumavam levar para a estação de pesquisa do Japão Showa, para aquecerem-se durante o longo inverno antártico.
A empresa americana RealDoll, líder do mercado em bonecas sexuais, vende os modelos "Leah" e "Stephanie" por US$ 6.500 (cerca de R$ 12.000) cada. Os clientes podem encomendar as bonecas com busto de tamanho 30AA até 34F. Cada boneca vem com três "portais de prazer". Outro modelo, "Charlie", vem até com um pênis de vários tamanhos, assim como "entrada anal" opcional.
Serão simples brinquedos eróticos para uma rapidinha ocasional? De forma alguma, diz Hideo Tsuchiya, presidente da Orient Industry. "Uma esposa holandesa não é meramente uma boneca ou um objeto", insiste. "Ela pode ser uma amante insubstituível, que fornece uma sensação de cura emocional.
"Levy tem opinião similar. Mas será que os robôs vão se parecer tanto com os humanos nas próximas décadas que serão equivalentes ou até melhores que os amantes humanos?
Imitar a aparência humana parece ser o menor dos desafios. Há dois anos, o especialista japonês Hiroshi Ishiguro revelou seu robô "Repliee Q1". O estranho nome engana. A criação de Ishiguro pode facilmente se passar como a primeira mulher robótica da história. Graças a 42 ativadores movidos por ar comprimido, ela pode "virar e reagir de forma parecida com os humanos", diz Levy. "Repliee Q1 pode piscar, parece respirar, move as mãos como uma pessoa e responde ao toque", diz entusiasmado.
Muito mais difícil que os traços externos, entretanto, será o desafio de criar algo parecido com uma alma. Os maiores obstáculos são alguns dos comportamentos mais fundamentais do homem. Os sensores robóticos atuais, por exemplo, não são capazes de distinguir de forma confiável entre as pessoas, diz Levy. Ele admite que, se um robô não conseguir reconhecer seu parceiro, ou o confundir com outra pessoa, o relacionamento será facilmente arruinado.
Ainda assim, Levy prevê que os avanços virão rapidamente. Para Levy, imbuir robôs com traços tão humanos quanto empatia, humor, compreensão e amor é meramente uma questão de tecnologia. A empatia, por exemplo, é "uma questão essencialmente de aprendizado", diz ele e portanto "relativamente fácil de instalar em robôs". Só o que a máquina precisa fazer é observar seu parceiro, fazer deduções inteligentes sobre os pensamentos do parceiro e reagir de acordo.
Levy vê um futuro no qual a inteligência artificial permitirá aos robôs se comportarem como se tivessem atravessado todo o espectro da experiência humana, sem de fato ser o caso. Ele cita as emoções como exemplo. "Se um robô se comporta como se estivesse sentimentos, podemos razoavelmente argumentar que não tem? Se as emoções artificiais de um robô o levam a dizer coisas como 'eu te amo', certamente devemos estar dispostos a aceitar essas declarações, desde que os outros comportamentos do robô as corroborem.
"Levy vê vantagens em companheiros artificiais sobre parceiros humanos. A infidelidade, as mudanças de humor, o mau gosto, a falta de higiene, a obsessão com futebol - todas essas dificuldades de relacionamento seriam jogadas no lixo da história. Os parceiros robóticos seriam até imortais. Levy imagina que o usuário poderá arquivar toda a personalidade de seus andróides em discos rígidos. Se um robô for destruído, será fácil encomendar um novo.
E o sexo! Sempre disposto, nunca desapontado, adeus dores de cabeça -e com as fantasias mais sujas disponíveis para download. Um robô poderia ser programado para oferecer "posições e técnicas sexuais de todo o mundo" ou colocado em "modo de ensino para um aprendiz sexual", diz Levy. Tudo, desde as dimensões da vagina e do pênis, cheiro do corpo até a barba, pode ter opções disponíveis.
"Imagine um mundo no qual os robôs são (quase) como nós", diz Levy. "O efeito na sociedade será enorme". Ele também aborda as questões potenciais éticas e morais após a grande invasão robótica. Será antiético emprestar robôs sexuais aos amigos, por exemplo, ou "usar o robô sexual de um amigo sem contar para ele"? Será permitido enganar andróides? O que os maridos farão quando as mulheres disserem: "Esta noite não, amor, vou fazer com o robô?
"Levy está convencido que as mulheres, em particular, após as dúvidas iniciais, vão apreciar os robôs como alternativa para seus maridos suados. O fato de seu apetite sexual freqüentemente ir além do desempenho medíocre de muitos homens reflete-se nas "incríveis vendas" de vibradores, diz Levy.
E os homens? Bem, quanto a eles, todo esse barulho sobre inteligência artificial é energia desperdiçada. Eles estão dispostos a "fazerem sexo com bonecas infláveis", diz Henrik Christensen, coordenador da Rede de Pesquisa de Robótica Européia. Será fácil fazer algo melhor. "Qualquer coisa que se mova será uma melhora."
Delphos

domingo, 25 de novembro de 2007

Sodomia by Regiane Cornélia

1866, Gustave Courbet (Musée du Petit Palais, Paris)


El rapto de Ganímedes (Rubens 1636) ha sido visto como una alegoría mitológica de la homosexualidad

Buscando uma definição para o termo Sodomia.

Motivada por nossa dificuldade em definir o termo Sodomia, que nos foi sugerido em uma aula da professora Vitória Pamplona e com a preocupação enquanto educadora da forma que o termo tem sido empregado em nossa sociedade, procurei alcançar uma definição do termo, obviamente não esgotamos os conceitos relacionados a ele.

Sodomia é uma palavra de origem bíblica. Observamos que o termo é freqüentemente utilizado para fazer menção ao sexo anal, entre os homossexuais ou heterossexuais. Informação essa ressaltada em entrevista ao estudante de teologia Rogério Mattos, “o termo refere-se não somente a homossexualidade, mas ao ato sexual anal”. Lembramos que popularmente tal palavra é usada com mais freqüência para condenar as práticas homossexuais.

O texto bíblico de Gênesis capítulo 19 (dezenove) versículos 4 (quatro) e 5 (cinco) onde está contido a idéia inicial do termo sodomia segue abaixo:

“...4 - Mas, antes que se deitassem, os homens daquela cidade cercaram a casa os homens de Sodoma, tanto os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados; 5 - e chamaram por Ló e lhe disseram: Onde estão os homens que , á noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles.”
Citamos ainda outras quatro passagens da Bíblia que fazem referência explícita à condenação do comportamento homossexual:
"Com homenm não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é;" (Levítico 18:22)
"Quando também um homem se deitar com outro homem, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre ele.." (Levítico 20:13)
"Por isso, Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no contr´rio à natureza. outro uso que é contra a natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sesualidade uns para com os outros,hoemens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmo a recompensa que convinha o seu erro" (Apóstolo São Paulo Carta aos Romanos 1:26 e 27)
"Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idolatras, nem os adúlteros, nem os efeminados,..." (Apóstolo São Paulo em I Coríntios 6:9-10a)


Segundo a Wikipedia, uma biblioteca virtual, referindo-se à queda de Sodoma e Gomorra ressalta que:
Muitos estudiosos, autoridades religiosas e traduções do texto bíblico associam a queda de Sodoma e Gomorra com a prática de relações homossexuais, o que teria feito com que as cidades fossem destruídas. No entanto, outros defendem a idéia de que o eventual pecado cometido teria sido o da falta de hospitalidade com os estrangeiros, já que o termo conhecer, fundamental para o entendimento de tal trecho significaria o abuso sexual, não necessariamente o ato homossexual.
Os habitantes da terra eram cananeus. (Génesis 10:19) O território antes do cataclísmo, era parasidiaco. Ocupava uma área aproximadamente circular no vale inferior do Mar Morto (chamada de Distrito ou Bacia, do hebr. Kik.kár). (13:10) Situa-se numa importante zona tectónica!
Após o retorno de Abrão (Abraão) do Egipto, menciona que "eram maus os homens de Sodoma, e grandes pecadores contra o SENHOR (YHVH)." (13:13) Mas isso não impediu uma coexistência pacífica entre os habitantes de Sodoma (cidade-estado) com o patricarca Abrão, e com o seu sobrinho, Ló. (Génesis Cap. 13 e 14)
Dois anjos de Deus, materializados, dizem a Abrão que "o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito." Abrão intercede 3 vezes pelos sodomitas. A resposta final é: Se houver em Sodoma 10 pessoas justas, não será destruída. (Gén 18:20-33) Qual era o pecado grave dos Sodomitas?
Esses dois anjos entram na cidade e são hospedados na casa de Ló. Este desconhece a real identidade destes. (Génesis 19:1-3) Antes de se deitarem, os homens da cidade cercaram a casa de Ló, desde do rapaz até o velho, todo o povo numa só turba, queriam ter relações sexuais com seus 2 hóspedes. (19:4,5 - Sodomia tornou-se sinónimo de relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. O termo é aplicado ao "sexo" anal.) Ló sai na defesa dos seus hospedes. (19:6-9) Os anjos intervêm para proteger Ló da multidão e exortam-no a partir sem demora. Segundo o relato, as cidades do distrito são destruídas por fogo e enxofre. (19:10-13, 23-25)

Pesquisando em dicionários, onde supomos que a maioria da população conseguiria ter acesso à definição do termo em questão, encontramos os seguintes conceitos: para Luft “Sodomia – s.f. Relação sexual fora dos padrões tidos como normais entre indivíduos do mesmo sexo ou de sexo diferentes, ou ainda entre pessoas e animais. -> sodomita adj. 2g e s. 2g.” Define ainda o termo Sadismo” – s.m prazer (espec.sexual) com o sofrimento alheio -> Sádico adj. E s.m sadista adj. 2g. es.2g.CF. masoquismo.

Para Gama Kury, “Sodomia – s.f. 1. Perversão sexual; coito sexual; pederastia. 2. Atos de natureza sexual praticados com animais. So.do.mi.a” e “Sodomita – s. 2 gên. 1. O Natural ou habitante de sodoma (antiga cidade da Palestina, próxima ao Mar Morto, na Ásia, destruída pela ira divina, segundo a bíblia, por causa da depravação dos seus habitantes). 2. Pessoa que se entrega à sodomia. So.do.mi.ta.”

Em um dicionário etimológico encontramos: “Sodomita – s2g. ‘quem pratica a sodomia’ XIII. Do lat. Ecles. sodomita (cláss.sodomitae.ãrum) 1sodomitas’, do top.sodoma ‘Sodoma, cidade da Palestina onde reinava a luxúria //sodmIA sf. ‘prática sexual anômala’ / ssodomja XVI DO fr sodokie // sodomítico XIII. Do lat. Sodomíticus.

Observamos ainda a definição do termo: “Sadismo – sm. ‘perversão sexual em que a satifação erótica advém da prática de atos de violência ou crueldade física ou moral infligidos ao parceiro sexual 1ext, prazer com o sofrimento alheio1 XX. Do fr. Sadisme, do nome do Marquês de Sade (1740-18140, por causa do erotismo cruel de seus romances // sadISTA XX //sadO MASOQU’ISTA XX. Do fr.sadomasochiste.”

Espero com esse breve ensaio ter conseguido sanar algumas dúvidas iniciais em relação ao termo Sodomia.

OBS: O termo sodomia também é utilizado para fazer menção à falta de hospitalidade.

Bibliografia

A Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada npo Brasil. 2 ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.

A Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Edição corrigida e Revisada fiel ao texto original. Bela Vista – SP: Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 2002.

CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário Etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. Nova Fronteira, 2 ed. RJ. 1997. pág 697 e 731.

KURY, Gama. Minidicionário da língua portuguesa. São Paulo: FTD, 2001. pág.738

Luft, Celso Pedro. Minidiciaonário Luft- 21 es. São Paulo: Ática, 2005. pág 658 e 682.

Visitado em 23/06/2007 as 14h http://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade_e_B%C3%ADblia#Queda_de_Sodoma_e_Gomorra.

Os dicionários pesquisados estão disponiveis na biblioteca da Escola de Ensino fundamental e Médio Teotonio Vilela Brandão, em Nova rosa da Penha- Cariacica-Es.

Texto escrito em Cariacica-ES no dia 19/07/2007 (Quarta-feira) por Regiane Cornelia (Historiadora).

A Regiane me enviou esse texto e, como achei muito interessante, resolvi compartilha-lo com todos os amigos.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Mutilação Genital Feminina





O holocausto silencioso das mulheres a quem continuam a extrair o clítoris
Mesquita de Lisboa, duas da tarde de uma sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos. Envergando uma túnica larga em tons de amarelo e preto que deixa por vezes ver a nudez interior, a fanateca [nome guineense dado à mulher que pratica a excisão] diz de imediato que não está disposta a revelar nem denunciar o ritual feminino que implica o corte do clítoris. Fala da "vergonha" que seria um filho seu ver a prática exposta num jornal e, com isso, perder o carácter secreto que lhe está ligado.

Exprimindo-se em fula [dialecto da tribo com o mesmo nome, uma das etnias muçulmanas mais expressivas da Guiné] e fugindo ao olhar da jornalista, a septuagenária sem nome lá vai dizendo que "é uma coisa dolorosa" e que se pode "salvar ou morrer".
Zangada e desconfiada, faz questão de deixar bem claro que só está ali a conversar porque o líder da comunidade guineense muçulmana em Portugal, que fez as apresentações e teve de assegurar a tradução do diálogo, lhe tinha pedido.
Há 15 anos em Lisboa, a fanateca assume ter feito excisões na Guiné, mas garante que em Portugal "ainda" ninguém lhe pediu e recusa-se a "pôr o segredo das mulheres a nu".
A dada altura chora, porque já se está a "falar há tempo demais" sobre o assunto. No final da conversa é-lhe colocada uma hipótese que a faz mudar radicalmente de atitude. "Se eu me apaixonasse por um guineense muçulmano e ele quisesse casar comigo, pedindo-me para ser excisada, e eu aceitasse o pedido, poderia fazê-lo em Portugal?", questiona a jornalista. Brilho nos olhos e resposta afirmativa. Não faltaria quem fizesse. Segue-se a advertência de que a intervenção implica sofrimento, porque é feita "sem anestesia", e o conselho de se fazer acompanhar por quatro mulheres, "para a segurarem". Fora isso, era só o futuro marido "dar a ordem" e, obviamente, pagar o preço da excisadora.
A conversa termina já a mesquita se esvaziou de gente. O líder da comunidade muçulmana da Guiné, Manso Baldé, que antes tinha confirmado ao PÚBLICO.PT que a mutilação genital feminina (MGF) era praticada em Portugal e que apresentou a septuagenária como sendo uma fanateca, despede-se perguntando à jornalista se percebeu que a anciã "não quis contar" tudo o que sabia. Ainda há tempo para mais uma troca de palavras com a fanateca. Segura as mãos da jornalista e insiste: "Então, sempre quer fazer?".
Duas filhas morreram depois da excisão
Nova tentativa. Quinta do Mocho num dia de sol. Tchambu recebe o PUBLICO.PT em sua casa. Guineense, muçulmana e excisada, não tem dúvidas em dizer que a MGF "só prejudica a mulher". Originária da tribo biafada, Tchambu não conseguiu evitar que a filha mais velha também fosse excisada, por pressão da avó, mas impediu que a mais nova tivesse o mesmo destino.
Segundo Tchambu, enquanto nas outras tribos o fenómeno tende a desaparecer, no caso dos fulas - a etnia do seu companheiro actual - trata-se de um ritual "indispensável e obrigatório". "Eles fazem o que viram os antepassados fazer", afirma. Tchambu já teve discussões com o marido sobre a MGF. Apesar de duas das suas filhas terem morrido na sequência do fanado - nome do ritual guineense que marca a passagem da infância à idade adulta e que inclui a circuncisão, no caso dos rapazes, e a vulgarmente chamada excisão, no caso das raparigas -, o marido continua a dizer que o ritual "é um dever para um muçulmano" e considera que as filhas "morreram em combate".
Tchambu dispõe-se a ajudar o PUBLICO.PT a encontrar outra fanateca. Recorre à irmã, que é "muito religiosa". Bobadela, no mesmo dia de sol. A irmã, mais velha, diz, num português difícil de compreender, que conhece "senhoras que fazem" e que em Portugal "manga [muitas em crioulo] meninas" já foram excisadas. Com uma neta recém-nascida, ela própria admite que levará a criança para a Guiné "para fazer lá". Dois encontros marcados com a fanateca, dois encontros adiados. "A senhora manda dizer que se quiser fazer tudo bem, mas se for para denunciar não vai falar".
"As mulheres que não são excisadas não prestam"
Sendo que na Guiné o ritual se mantém, a questão da conservação da prática no seio da comunidade residente em Portugal, na sua grande maioria concentrada em Lisboa, é inevitável. O PUBLICO.PT conversou com vários guineenses, muçulmanos e não muçulmanos, e a resposta foi quase sempre afirmativa, incluindo invariavelmente o "já ouvi falar de casos".
Três líderes da comunidade muçulmana guineense em Portugal, dois fulas e um mandinga, não hesitaram em confirmar a manutenção da prática. Durante um encontro com o PUBLICO.PT, também na mesquita de Lisboa, os três membros da Associação de Muçulmanos Naturais da Guiné garantiram que a comunidade residente em Portugal "ainda faz o fanado", masculino e feminino. Com uma diferença: enquanto os rapazes são circuncidados nos hospitais, entre os nove e dez anos de idade, as meninas são excisadas em casa, recorrendo-se a uma anciã e normalmente ainda bebés, "com dois ou três anos, porque é mais fácil nessa altura".
Admitindo que a festa associada ao ritual vai-se perdendo e que a tradição está "actualmente reduzida à excisão", os três responsáveis falaram da excisão feminina com a naturalidade com que se fala de outra tradição qualquer, reconhecendo, no entanto, que se trata de "uma cerimónia muito delicada" e que pode, quando mal feita, conduzir à morte.
Muitas das vezes, quando algo corre mal no procedimento, costuma culpar-se a menina, porque já era impura, ou os pais da menina, porque não a educaram na pureza, ou atribui-se o fracasso a uma qualquer intervenção divina.
Admitindo o carácter "secreto" da prática, os líderes muçulmanos adiantaram desde logo que as excisadoras "têm medo de ser identificadas, agora que há muitas organizações por aí que combatem" a MGF.
"Os usos e costumes não devem ser abandonados. Há uma tendência [na Europa] para monopolizar a civilização e cultura dos outros. Não deviam pôr em causa [os nossos valores], nem dizer 'A nossa civilização é mais bonita do que a vossa'", criticou Alage Mamadu Dumbiá, um dos membros da associação. "Não é crime, não pode ser crime, porque é a nossa tradição. É um símbolo da nossa identidade, uma forma de continuarmos a saber quem somos, fora do nosso país", defendeu.
"Para nós, as mulheres que não são excisadas não prestam", explicaram os responsáveis. Na Guiné, utilizam-se até duas denominações diferentes para os excisados e não excisados. Aos primeiros, chama-se "lambé", que quer dizer "a pessoa que já sabe", aos outros chama-se "blufe".
O argumento de Abraão
Os responsáveis lembraram ainda que "há uma história" por trás da MGF. Conta-se que Abraão (ou Ibrahim, em árabe) casou com a bela mas estéril Sara. Foi ela própria que lhe sugeriu que tomasse outra mulher, que lhe desse descendentes. Abraão escolheu Agar, a escrava egípcia, que engravidou. Existem várias versões do fim da história, mas a que interessa para o caso conta que Sara, apercebendo-se do interesse crescente de Abraão por Agar, virou a sua ira contra a escrava, mutilando o seu órgão sexual. A este episódio relacionado com o profeta e patriarca das três religiões monoteístas, as fontes acrescentaram ainda que, durante os períodos de guerra, quando os homens saíam para combater, "era preciso tornar as mulheres mais frias, para que não procurassem sexo o tempo todo".
Reconhecendo a eventualidade de graves consequências para a saúde das mulheres, a MGF é vista por estes três homens como algo que "não é mau em si" e que "até tem aspectos positivos", nomeadamente o de obrigar à fidelidade ao marido, "evitando doenças, porque as mulheres se contêm para ter relações sexuais" e tendem a "conservar-se". Apesar disso, a prática "torna a mulher sempre higiénica". No entanto, realçam, a excisão feminina "não é uma obrigação".
Também o presidente da Associação Guineense de Solidariedade Social, Fernando Ká, disse já ter ouvido falar de "casos" de MGF no seio da comunidade guineense muçulmana residente em Portugal, mas não dispor de detalhes. Achando "possível" que a excisão feminina seja praticada em Portugal, Fernando Ká sublinha que não o será "em grande escala", mas apenas "por um número pouco significativo de pessoas". No entanto, confirmou, alguns pais levam as filhas para a Guiné para serem excisadas.
Por seu lado, Manso Baldé, o presidente da Associação de Muçulmanos Naturais da Guiné, sublinhou que essa opção é "muito dispendiosa" e garantiu que "é mais frequente" fazer-se em Portugal. Virgínia, uma enfermeira que há muito combate a MGF na Guiné, mais conhecida como "tia Bitcho", adiantou ainda que os guineenses muçulmanos a residir em Portugal que tenham posses "mandam buscar" uma fanateca no país de origem, pagando-lhe as despesas para vir a Lisboa.
Confirmando que "as mulheres guineenses muçulmanas a viver em Portugal são todas excisadas", Fernando Ká afirmou acreditar que "a geração mais nova já não está tão susceptível à prática". Esta ideia foi também partilhada pelos membros da Associação de Muçulmanos Naturais da Guiné, que afirmam que o ritual "tem tendência para diminuir". No entanto, ninguém quer ser "o dessacralizador do sagrado", confessaram.
Sofia Branco in Público, Domingo, 4 de Agosto de 2002

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Festival de Animação Erótica



Festival de Animação Erótica sai de sala pornô e ocupa Odeon BR com 51 filmes sobre sexo

RIO - Agora é para ser levado a sério. Não que a primeira edição fosse brincadeira... Mas o fato de ter ocupado em 2006 o Cine Íris, o templo do cinema pornográfico no Rio, pode ter afastado muita gente que não acreditava no potencial dos curtas. Portanto, sai "cine pornô", entra o Odeon BR, que agora recebe o II Festival Internacional de Animação Erótica, a partir desta terça-feira.
Durante três dias, serão exibidos 51 filmes de 20 países diferentes. A maior parte (12 no total) é do Brasil. O restante vem de países diversos, como Estados Unidos, Alemanha, Suíça e até Israel, Croácia e Turquia.

Há animações em várias técnicas abordando temas diversos, como homossexualismo, liberdade sexual da mulher (uma série de curtas bem bolados defendem, por exemplo, a masturbação feminina) e fetiches. Boa parte delas é uma sátira sobre o tema. Uma novidade para quem quer "levar" o festival para casa: as meninas da Daspu confeccionaram as camisas do oficiais do evento, que estarão à venda no Odeon ou no site http://www.daspu.com.br/. Custam R$ 25.
O formato longa-metragem vai ser representado por duas produções: o brasileiro "Wood & Stock: Sexo, orégano e rock'n'roll", de Otto; e o inédito "My art scholl summer", de David e Mary Sandberg. Este último traz uma divertida escola de arte na era do punk-rock, em que uma garota "completa" a grade de aulas com colegas de sala e professores e coloca tudo no jornal interno.
A premiação será dividida em Melhor Animação Nacional, Melhor Animação Internacional e Animação Mais Quente, cujo troféu será oferecido pela TV Playboy. Os vencedores serão aunciados no última dia do festival, às 21h.
O Porta Curtas também distribuirá prêmios para animações brasileiras online. Os filmes serão exibidos no site www.portacurtas.com.br até 13 de novembro. O júri do portal vai escolher a melhor produção, que ganhará o prêmio-aquisição no valor de R$ 750 e o direito a ficar hospedado e veiculado no site.

Dois animadores serão homenageados este ano. O chileno Tomas Welss, que exibirá os curtas "Pasta", "Reunion", "Noche", entre outros. O americano John Mahoney vai mostrar a louca jornada artística em "Mahoney chatroom animation".
A programação é dividida em quatro sessões, que são intercaladas em horários diferentes, sempre entre 13h e 21h (a última sessão). Os ingressos podem ser comprados no site da Ingresso.com .

"O globo on line"

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Dia do Tocoginecologista - Parabéns!!!!


Gostaria de parabenizar a todos os Tocoginecologistas e, principalmente, os que como nós, escolheram trilhar mais um longo caminho no rumo da sexualidade humana. Caminho esse que, num futuro próximo, transformará nosso referencial de abordagem e entendimento nos assuntos de interesse da sexualidade. Durante muitos anos, caminhamos em busca de nosso ideal maior, ser médicos e Tocoginecologistas, foram longos períodos de dedicação e disciplina, responsabilidades e renegações. Hoje, não poderia deixar passar em branco e não comemorar a nossa conquista; Parabéns a Todos nós!!!

Workshop com Santiago Jácome Ordónez

Para quem ainda não conhece o psicodrama, acreditamos ser esta uma oportunidade de conhecer este trabalho através de uma participação ativa e dinâmica.

Estaremos recebendo no dia 7 de novembro às 19:00h o presidente do VII Congresso Ibero Americano de Psicodrama, Santiago Jácome Ordónez, que estará dirigindo o workshop “PSICODRAMA COM MÁSCARAS TRADICIONAIS - Como é a despedida do ano no Equador“.

Após o workshop teremos um bate papo com Santiago e com os presentes na atividade.

Solicitamos a gentileza de divulgarem em sua rede virtual o baner anexo.

Atenciosamente,
p/ Equipe Delphos
Du Carmo Mendes

Ps: Garanta já a sua vaga!

domingo, 28 de outubro de 2007

Isabel Freire

Isabel Freire é uma jornalista Portuguesa e autora de "Fantasias Eróticas - Segredos das Mulheres Portuguesas", editado por A Esfera dos Livros.

Possui um Blog sobre Sexualidade Feminina e muitos textos de sua autoria estão reproduzidos aqui. Convido a todos a visitar o blog
http://sexualidadefeminina.blogspot.com

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Sexo e Amor - Francesco Alberoni


Francesco Alberoni nasceu em Piacenza, na Itália, em 1929. Estudou num colégio cuja férrea disciplina, de acordo com os tempos da ditadura de Mussolini, não o impediu de se transformar num líder natural para os seus colegas de liceu e de passar muitas horas na Biblioteca da cidade a ler obras de História e de Filosofia. Embora o seu principal interesse fosse a Filosofia, veio a estudar Medicina e a especializar-se, mais tarde, em Psicologia e Sociologia.

Na Escola de Medicina da Universidade de Pavia, estudou Psicanálise e Estatística sob a orientação de Giulio Maccacaro, tendo escrito a sua tese de licenciatura em Psicologia de testemunhas. Pouco tempo depois, mudou-se para Milão onde se tornou assistente de Don Agostino Gemelli e iniciou uma investigação no campo da probabilidade subjectiva. Em 1963, enquanto professor adjunto de Psicologia e de Sociologia na Universidade de Milão, escreveu The Powerless Elite, um olhar científico sobre a evolução na natureza da adoração de estrelas de cinema. Em 1967, publicou o seu primeiro livro sobre o enamoramento, numa época em que o interesse académico estava centrado na luta de classes e na esperança de que outro mundo era possível.

Seguiram-se dois livros sobre a natureza dos sentimentos que foram igualmente aclamados: Amizade (1984) (20 Edições em Portugal) e O Erotismo (1986). Durante os anos 90, Alberoni exerceu um olhar sistemático sobre os vários e variáveis tipos de amor, primeiro em O Voo Nupcial (1992), depois em Primeiro Amor (1997) e, finalmente, na sua obra mais completa sobre a formação e a evolução do casal, Amo-te (1996), outro bestseller internacional. Desde aí, Alberoni continuou a explorar a complexa e contraditória trama de relações entre a sexualidade e o amor, tema que aborda de novo no seu livro mais recente, Sexo e Amor, publicado em 2005.

Mundialmente reconhecido como eminente sociólogo, Francesco Alberoni também é um escritor consagrado, com uma obra traduzida em mais de 20 línguas. Catedrático de Sociologia desde 1954 e Professor, desde 1978, na Faculdade de Ciências Políticas da Universidade de Milão, Alberoni propôs-se transmitir as suas reflexões e ensinamentos ao grande público num estilo atractivo e sedutor que dá aos seus textos o poder narrativo de um romance e contribuiu para renovar a escrita académica em Itália. Recordamos a sua obra fundamental sobre movimentos colectivos e sobre a instituição - Génese - e os clássicos Enamoramento e Amor, A Amizade, O Erotismo e Amo-te.

Actualmente, ensina Sociologia na Universidade de San Pio V, em Roma. É jornalista no jornal «Il Corriere della Sera».

Sexo e Amor - SINOPSE

Refutando a teoria freudiana e os postulados de autores como Georges Bataille, Francesco Alberoni investiga os mecanismos primordiais da relação entre o homem e a mulher, explorando desejos ocultos e contraditórios, os pensamentos que preferíamos não ter, os factos que decidimos ignorar.

Com uma prosa envolvente, em que se fundem textos literários, entrevistas e histórias verdadeiras, o autor recorre a escritores fundamentais, como Stendhal, Buzzati e Dostoievski e cria uma forma de expressão em que os protagonistas conservam a sua linguagem própria, às vezes obscena e brutal, mas sempre matizada por uma escrita poética e de grande vitalidade. Assim, em Sexo e Amor, o aclamado sociólogo italiano convida o leitor a explorar as inúmeras formas que o amor assume e trama de aspectos convergentes e divergentes entre o amor e o sexo.

Numa combinação inovadora e empolgante de histórias verídicas e relatos na primeira pessoa, colhidos de entrevistas ou de obras literárias, o leitor é guiado ao longo da galeria de formas que o amor e o sexo podem tomar, numa análise que inclui exemplos de sexo pessoal e impessoal, amizade erótica, enamoramento e a experiência arrebatadora da paixão, assim como as experiências amorosas daí subsequentes, que tanto podem durar como não.

O autor debruça-se sobre uma corrente tumultuosa de desejos revelados ou insinuados, excitação, prazer, extâse, alegria, dilemas, arrependimentos, dor e esperança. «Sexo e Amor» é simultaneamente uma abordagem científica empolgante e um olhar honesto e sensível sobre o mundo complexo da sexualidade e do amor.
Texto retirado do blog de Isabel Freire

domingo, 21 de outubro de 2007

Jovens e Sexualidade.

Rio, 21/10/07.



A fase da juventude é tão intensa que não nos cabe, a nós adultos, imaginá-la de forma diferente daquela mesma que um dia vivemos. Como um exercício de revitalização destes tempos olhemos um pouco - 20, 30, 40 anos atrás - e vejamos quão soberba era nossas intenções e espectativas joviais. Hoje, já abastados de um sabedoria adquirida ou imputada, fica até um pouco monôtono tentarmos passar alguma idéia para os nosso jovens que não esteja na sintonia do dinamismo desta bela fase da vida.

Neste sentido, e, falando sobre sexualidade, nos deparamos com um especial motivador para uma ampla integração com filhos, sobrinhos, amigos dos filhos, alunos, clientes etc. Afinal, nada mais dinâmico que as coisas da sexualidade e do sexo. Todavia, o que nos falta mesmo é entrarmos de corpo e alma neste viés. Com uma simples estratégia do uso da informação natural sobre esta temática teremos mais pares jovens ao nosso redor. Isto, além de nos remeter a um renovado mundo, também nos ajudará a identificarmos novas e/ou melhores vivências da nossa própria sexualidade.



Prof. Adalberto.

Sexual Fantasies - By Breett Kahr

Sexual fantasies: All in the mind
The psychotherapist Brett Kahr has studied more than 19,000 sexual fantasies as part of the largest sex survey of Britons. In an extract from his new book, he reveals the facts behind the fantasy


The preliminary results of the pilot clinical interviews and the pilot computer survey of the British Sexual Fantasy Research Project helped me to appreciate a number of key findings.
The vast majority of British adults do fantasise, indeed, quite frequently.

- Paradoxically, however, most adults never share their fantasies with anyone else, in part because of the great shame involved, as well as the great guilt involved, since most fantasies revolve around someone other than one’s current long-term partner.

-Many fantasies contain strong imagery of sadism, masochism and other forms of harm. If any of us could manage to put many of our more aggressive fantasies into practice, we would end up in prison.

- Contrary to expectations, a surprisingly small percentage of our fantasies concern so called celebrities (entertainers, sports personalities and politicians). Most of us will fantasise about people whom we know, or in many instances about people whom we “create” in our mind, especially so that we may coopt them to participate in our often subversive, sadistic or masochistic internal dramas.

- In spite of the widespread fears of relating one’s sexual fantasies to one’s regular partner, the preliminary survey revealed that a great many people expressed a keen interest to discuss their sexual fantasies with a qualified mental health professional, thus suggesting a certain amount of curiosity or, perhaps, concern about the content of their sexual fantasies.

What is a sexual fantasy?
Sexual fantasy may be defined as an image, a thought or a fully elaborated drama which passes through our mind principally during sexual activity, either coital or masturba-tory, often resulting in orgasm. Sexual fantasies must be distinguished from sexual daydreams or fleeting sexual thoughts. Sexual fantasies may be very simple or highly complex, may be tender or sadistic and may cause us psychological pleasure or psychological pain. In general, we keep our sexual fantasies hidden from our partners, and even from our psychotherapists or other confidants.


What constitutes a “normal” sexual fantasy?
Having now studied more than 19,000 British sexual fantasies, I cannot identify a so-called “normal” fantasy. It would be far too facile to describe as normal only those fantasies involving loving, genital intercourse with one’s long-term partner or spouse. I interviewed many happily married people who harboured very aggressive fantasies — often about their beloved spouses, in fact. On the basis of the data, I must conclude that the British mind contains much diversity and complexity and, therefore, speaking about a “normal” fantasy may well be meaningless.

Why do we have sexual fantasies?
We don’t know how and why sexual fantasies developed. Evolutionary psychologists have suggested that sexual fantasies contribute to the facilitation of sexual arousal, which, in turn, facilitates procreation. Thus sexual fantasies may play an important, previously unrecognised, role in the continued propagation of the human species. Freudian psychotherapists and psychoanalysts, by contrast, have speculated that our fantasies may have developed as a means both of gratifying wishes and of conquering intrusive memories of early traumatic experiences.

What purpose do our sexual fantasies serve?
There are many reasons why we might fantasise, from wish-fulfilment and mastery of trauma to self-medication against pain, to the elaboration of childhood play. For many, fantasies remain an unending source of fun and enjoyment; for others, they are a constant reminder of early injuries. For many, fantasies will provide pleasure and pain simultaneously.

Does everybody have sexual fantasies?
According to psychoanalytical clinicians, everyone has unconscious fantasy structures — in other words, subterranean tendencies to have certain preferences or to act in certain predictable ways (sadistically, masochistically, depressively, and so forth). In most adults, these unconscious fantasy structures will find representation in our conscious sexual fantasies, which occur during masturbation or during intercourse with a partner. According to the British Sexual Fantasy Research Project, at least 90 per cent of all British adults will experience daydreams, which may or may not be sexual. As for sexual fantasies, the data reveals that approximately 96 per cent of British adult males and about 90 per cent of females report having sexual fantasies. These may well be conservative figures, as I have met many individuals over the years who profess, on first questioning, to have no sexual fantasies but later, often during the course of psychotherapy, will admit to fantasising in a sexual manner.

Should we ever share our fantasies with our partners?
I cannot provide a definitive answer to this most complex of questions. There are cases where partners seem to have benefited from having discussed their sexual fantasies with one another, but some couples experienced great distress on learning of one another’s truest fantasies. Some couples have claimed that risking self-disclosure about such intimate matters promotes further emotional trust and union. Much will depend, of course, on the preexisting strength of the couple’s attachment to one another. Above all, one must proceed with thoughtfulness.

Should we ever share our fantasies with our friends?
Often, it might feel rather less exposing and rather more manageable to share fantasies with friends than with partners. I know of many men, for example, who would not hesitate to talk about extramarital affairs or rape fantasies with their friends at a Friday-night poker game, but who would never dream of discussing such fantasies with their female partners for fear of causing outrage or offence. Similarly, I have interviewed a number of women who have shared fantasies with their girlfriends, particularly those involving men with extremely large genitals, but who would not impart this to their husbands or boyfriends for fear of promoting feelings of inadequacy. Although entrusting one’s fantasies to a friend may be an act of great faith and may serve to enrich the friendship, one must remember that friendships can, and often do, sour, sometimes promoting paranoid anxieties that promises of confidentiality will be broken along with the friendship.

Can our fantasies ever be damaging or dangerous?
In some instances, sadistic fantasies can serve as stepping stones to sadistic actions. My colleagues and I in the forensic mental health field know of many cases of patients whose criminal careers began in their own minds. Once, years ago, I had the opportunity to interview a psychotic serial killer in a maximum-security setting. I learnt that before his incarceration this man could make love to his wife only if he fantasised about clutching a switchblade knife. Some years previously he had embarked on a killing spree, using a knife as his weapon, causing carnage. Of course, not all examples will be nearly as dramatic as this, but nonetheless fantasies can damage us by reinforcing self-destructive patterns of behaviour and thought.

Would it be wise to act out our sexual fantasies with our lovers?
Acting out fantasies requires a great deal of compassion, creativity and trust on behalf of the partnership, and I have seen a number of marriages founder when such role-plays have gone awry. Certainly psychotherapists would recommend much consideration before enacting a sexual fantasy scenario, bearing in mind that a fantasy and a reality might be experienced rather differently. One must also be prepared for some surprises. I recently interviewed a woman who indulged her husband’s wish to spank her and call her a “bitch”. When the husband described the potential scenario, the wife became excited and offered her consent. But when the couple actually brought this fantasy to life, the wife felt “cheapened” and “revolted” and deeply regretted her decision. For many, the fantasy excites precisely because it will never be enacted.

If we have very outlandish fantasies, does this mean that we must be mentally unbalanced?
Those individuals who present very elaborate and complex fantasies come from every walk of life. Among the clinical interviewees whose fantasies could be described as “outlandish” I detected no traces of formal mental illness. In fact, the most psychologically troubled participant in the interview group had, in fact, the least complex and least intricate fantasies of all the many research participants.

If we fantasise about someone other than our partner during sex or masturbation, does that mean that our relationship could be in trouble?
If we find ourselves in the grip of an intramarital affair fantasy, this does not necessarily prove that our relationship must be in trouble; however, the intramarital affair may be a harbinger of subsequent marital difficulties. By fantasising about someone other than our regular partner, our unconscious mind will have generated an opportunity for us to examine our relationship — an opportunity to inquire privately and honestly whether there may be difficulties that have propelled us into the arms of a lover conjured up by fantasy.

If we fantasise about something “illegal”, does this mean that we may be at risk of acting it out?
Fortunately, fantasy often exerts a hugely containing function for the human mind and, as a result, we manage to encapsulate some of the more aggressive and destructive aspects of our personalities in the fantasy content. I talked to many doctors, priests, social workers, nurses and other members of the “caring professions” who had very violent fantasies that they had never enacted and will never enact. If the fantasy becomes perverse — in other words, unmiti-gatedly sadistic, repeated compulsively and unceasingly — then it would represent a somewhat higher risk of ultimate enactment. However, mercifully, even those with compelling perverse paedophilic fantasies, for example, will often refrain from ever harming children in real life. If one finds oneself struggling with “illegal” fantasies about cruelty and torture, this may indicate a severe difficulty with aggression based on childhood trauma, and in such instances it might be prudent to consult a qualified mental health professional, especially if one has worries about the likelihood of an eventual enactment.

How can we explain the range of fantasies?
Why do some people prefer to be kissed and cradled while others enjoy inflicting pain? I have two answers to this question. In large measure, the content and structure of our fantasies will depend on the nature of our infantile and childhood experiences.
Those who have experienced a great deal of childhood trauma will be more prone to regular fantasies of sadism. Some individuals with horrifically abusive histories do have tender fantasies but only because, in my estimation, they enact their abusiveness in real-life destructive activities. I have, however, met many people with relatively stable histories who nonetheless have lurid fantasies — so one must allow for the possibility that aggressively tinged fantasies can result not only from primary trauma but also from creativity and from the capacity to allow oneself to regress to a more primitive mental state without becoming fixated at an infantile level of functioning.
In other words, most aggressive and destructive fantasies stem from early abuse, but in some cases they might represent a developmental achievement, the fantasiser having acquired the capacity to expand his or her mind to encompass a variety of experiences without acting them out.

Can we ever change our fantasies?
For the most part, my clinical data indicates that fantasy structures remain reasonably constant throughout adult life; however, changes in the emotional state of one’s intimate relationship can either fuel or quell particular fantasy constellations.
One of my patients, a law-abiding male, had very aggressive masturbatory fantasies about raping women, yet these fantasies became prominent only when he fought with his wife. During periods of marital contentment the patient seemed to have much less need to masturbate to his rape fantasies. One should also mention, perhaps, what I have come to call the “Krakatoa Complex”, a phenomenon whereby some external or internal event will serve as a trigger, opening up a whole new world of fantasy possibilities that have lain dormant.

How often do we lie about our sexual fantasies?
In retrospect, I wish I had included a question of this nature as part of my computer-ad-ministered survey for the British Sexual Fantasy Research Project. I do not know the answer, although on the basis of my clinical work I suspect that human beings lie quite regularly about their fantasies. I remain impressed by the number of times that men and women to whom I spoke prefaced their discussion of sexual fantasies with the qualifying phrase “I’ve never told this to anyone before”. I certainly noted a distinction between “true fantasies” and “pub fantasies”.
A man in a pub sharing a fantasy with his friends may well be telling the truth when he reports a wish to have sex with Britney Spears — but in most instances his report of the fantasy will stop at this point, devoid of the more revealing details of what he wishes to do to or with Britney Spears, or what he wants her to do to him. In Britain, sexual fantasy remains a relatively taboo area of discourse.

Do we control our fantasies or do they control us?
This could be described as the $64,000 question, the subject of much controversy in psychological and sexological circles. As a psychotherapist I have met too many people over the years whose fantasies have troubled them (because of religious prohibitions, parental prohibitions, repetitions of early sexual abuse or any combination thereof) and who have desperately attempted to erase these sexual fantasies from their minds; but in virtually every case the fantasies continued to erupt into consciousness and could not readily be avoided. Certainly, highly traumatised individuals have little conscious control over their fantasies. On the whole, I have found that we may not be the ultimate architects of our sexual fantasy lives, much as we may wish to be. As a young gay male patient once reported: “If I could be straight, I would. Life would be so much easier and my parents would be cooler about everything. But I can’t. I just can’t fantasise about women. So that’s that.”

One should allow for the possibility that, while some Britons may be able to sculpt their erotic lives, for many their erotic propensities will sculpt them.

Extracted from Sex and the Psyche by Brett Kahr, published by Allen Lane on February 22 at £25. © Brett Kahr 2007 www.penguin.co.uk. Available for £22.50 (including p&p) from Times BooksFirst: call 0870 1608080; timesonline.co.uk/booksfirstbuy Brett Kahr will discuss the origins and meaning of contemporary sexual fantasies with Rowan Pelling, the former editor of The Erotic Review, the clinical psychologist Oliver James and the novelist Joanna Briscoe at the ICA, London, on Monday, March 5 at 8.30pm. Box office: 020-7930 3647 www.ica.org.uk Men on our minds...

O Tamanho do Pênis


"O Pénis – Da Masculinidade ao Órgão Masculino, de Nuno Monteiro Pereira, médico, consultor de Urologia, mestre em Sexologia, doutor em Cirurgia-Urologia, professor na Universidade Lusófona, e o responsável da consulta de Andrologia do Hospital Júlio de Matos"
"Quem é o homem que recorre ao médico com mais frequência? Curiosamente, são aqueles que possuem um pénis normal. Mas que julgam que o respectivo órgão sexual é deveras pequeno.
Nesses casos, uma intervenção cirúrgica seria um erro?
Para um homem que tem um pénis normal, mas que está convencido do contrário, não existe nada que se possa fazer para contrariar essa ideia, que não corresponde à realidade. Este é o tipo de doente que é perigoso, porque nunca ficará satisfeito.
Existem razões?
A causa pode ser irrealismo: geralmente, os homens não sabem o tamanho dos pénis uns dos outros, e os que vêem são baseados em factos que não são verdadeiros. Refiro-me, por exemplo, aos filmes pornográficos. Não há nenhum actor pornográfico que tenha o pénis normal! E esta situação pode criar o mito de que aquele pénis que o homem está a ver na televisão é normal, mas, na verdade, não é.
O micropénis fulmina a vida sexual, e aquele cujo tamanho está acima da média traduz felicidade?
Não, porque um megapénis não funciona bem, porque toda a dinâmica depende das pressões arteriais e da circulação sanguínea. Sendo demasiado grande, não há compressão arterial que seja capaz de o encher.
A medicina dá alternativas?
Sim. Eu faço operações em que tenho que diminuir o volume. Os resultados são bons, as pessoas ficam satisfeitas.
As mulheres têm influência na ida do homem ao médico?
Total. Quem convence os homens são as mulheres, e inclusive são elas que marcam as consultas. Talvez agora existam menos casos destes, mas indubitavelmente, a intervenção feminina é decisiva, porque é a mulher que disciplina o homem.
A auto-estima masculina depende da empatia com o pénis?
Sim. O pénis está muito enraizado na nossa cultura. Tem grande importância, porque na cabeça das pessoas simboliza virilidade, e se não for suficientemente grande e apto, a varonia fica inapta. Também não deixa de ser curioso: os grandes cultores da dimensão peniana são os homossexuais! À população, que, culturalmente, é posta em dúvida o vigor sexual – o que está errado do ponto de vista científico – tem muitíssimas mais preocupações em relação ao tamanho do pénis do que acontece num heterossexual.
Os homens nunca estão satisfeitos?
Teoricamente, não.
É correcto que a idade altera a dimensão?
Nem sempre o pénis tem tendência a diminuir. Pode-se pensar que a idade provoca atrofia, mas tal não é verdade. Isso só surge se houver doença peniana. Num homem saudável, até tende a aumentar.
Consumir substâncias estimulantes, ecstasy, red bull, provoca alterações?
No tamanho e na erecção, não. Mas traz perturbações a nível do desejo sexual.
Concorda que o apetite sexual masculino e feminino estão longe de serem semelhantes?
Sim! O desejo masculino não é muito difícil de interpretar. É básico, no sentido de que é mais fisiológico. O desejo feminino é muito complexo. Depende do envolvimento, dos sentimentos.
O homem é súbdito do órgão sexual? Embora seja ‘escravo’ do pénis, não está tanto como estão outros animais. O homem pode ter uma erecção quando não pretende, e na altura em que quer não consegue. A partir do momento em que existem erecções penianas, o pénis, que é possível ser controlado, não é totalmente controlável.
Ainda há marialvas?
Estão em via de desaparecimento. A ascensão da influência feminina é a responsável. O marialvismo está ligado à sexualidade, e a partir do momento em que a mulher passou a ter domínio na sociedade ocidental, provocou uma diminuição. Inclusivamente, digo que a libertação da sexualidade feminina causou uma hipotrofia da sexualidade masculina.
Parece-lhe que metrossexualidade é confundida com homossexualidade?
Há essa ideia, mas está, de todo, errada. Um metrossexual não é um homossexual. Um homem que se preocupa com a sua imagem, que usa cremes, não quer dizer que sinta atracção pelo mesmo sexo.
A mentalidade mudou?
Bastante! Por exemplo, as perfumarias já não têm só uma prateleira com produtos masculinos. Há quinze anos as coisas não eram assim. Lembro-me que os homens que tratavam das unhas faziam-no na clandestinidade. Além de tudo, um homem que se perfumava era mal visto, tanto pelos homens, como pelas mulheres.
Como vê a evolução?
É precisamente no futuro que reside o problema. Julgo que não será uma evolução rápida mas pode acontecer que ocorra uma tendência oposta e que nasça, futuramente, um certo machismo que nos dias que correm está, claramente, em desuso. A sua tese de mestrado foi sobre a importância da morfologia do pénis. A tese de doutoramento recaiu sobre a dimensão peniana.
Existe alguma razão específica para a centralização nesta problemática?
Como sabe, sou doutorado em Urologia. Faço consultas neste ramo da Medicina já lá vão mais de duas décadas. O pénis está relacionado com a sexualidade humana. Fazendo uso de algum humor, ainda lhe posso dizer que o pénis é o meu dia-a-dia!
Quer dar alguma sugestão?
Todo o indivíduo que tenha dúvidas, deve consultar de imediato um urologista."

Falando Sobre Sexo




"Estes são os cartazes da nova campanha da Real Life, Real Talk, uma organização Americana que tem como objectivo mudar a forma como as comunidades encaram a sexualidade criando para isso um espaço que permita a troca de experiências de forma aberta e clara.Neste site todos os utilizadores podem colocar questões e relatar experiências que são posteriormente respondidas ou comentadas por profissionais e por outros utilizadores.De acordo com a organização um clima social mais positivo nestes aspectos levará a que as pessoas – em particular os jovens – tenha informações e serviços que lhes permitam fazer as suas próprias escolhas na área da sua saúde sexual e reprodutiva. Ou seja, uma vez que as pessoas tenham consciência de que podem falar abertamente sobre a sua sexualidade e se questionem sobre as consequências dos silêncios que as rodeiam no que diz respeito a estes assuntos poderão tomar atitudes que lhes permitam uma melhoria positiva na sua saúde sexual."

Zoofilia



















Também conhecida como bestialidade, consiste na relação sexual com animais. É um distúrbio sexual encontrado principalmente em pessoas pervertidas com características de rudez, insensibilidade e grosseria, normalmente mais presente no campo, entre lavradores. Devido a transtornos neuróticos, tal pessoa vive um bloqueio afetivo para com o amor a um parceiro humano, onde a idéia presente em nível consciente expressa a crença errada de que o animal é mais adequado que o semelhante em termos sexuais. (Freud).

sábado, 20 de outubro de 2007

Sexualization of girls


«A report of the American Psychological Association (APA) released today found evidence that the proliferation of sexualized images of girls and young women in advertising, merchandising, and media is harmful to girls' self-image and healthy development.

To complete the report, the APA Task Force on the Sexualization of Girls studied published research on the content and effects of virtually every form of media, including television, music videos, music lyrics, magazines, movies, video games and the Internet. They also examined recent advertising campaigns and merchandising of products aimed toward girls.

Sexualization was defined by the task force as occurring when a person's value comes only from her/his sexual appeal or behavior, to the exclusion of other characteristics, and when a person is sexually objectified, e.g., made into a thing for another's sexual use. Examples of the sexualization of girls in all forms of media including visual media and other forms of media such as music lyrics abound. And, according to the report, have likely increased in number as "new media" have been created and access to media has become omnipresent.

The influence and attitudes of parents, siblings, and friends can also add to the pressures of sexualization. "The consequences of the sexualization of girls in media today are very real and are likely to be a negative influence on girls' healthy development," says Eileen L. Zurbriggen, PhD, chair of the APA Task Force.

"We have ample evidence to conclude that sexualization has negative effects in a variety of domains, including cognitive functioning, physical and mental health, and healthy sexual development." Research evidence shows that the sexualization of girls negatively affects girls and young women across a variety of health domains: Cognitive and Emotional Consequences: Sexualization and objectification undermine a person's confidence in and comfort with her own body, leading to emotional and self-image problems, such as shame and anxiety.

Mental and Physical Health: Research links sexualization with three of the most common mental health problems diagnosed in girls and women-eating disorders, low self-esteem, and depression or depressed mood. Sexual Development: Research suggests that the sexualization of girls has negative consequences on girls' ability to develop a healthy sexual self-image.

According to the task force report, parents can play a major role in contributing to the sexualization of their daughters or can play a protective and educative role. The APA report calls on parents, school officials, and all health professionals to be alert for the potential impact of sexualization on girls and young women. Schools, the APA says, should teach media literacy skills to all students and should include information on the negative effects of the sexualization of girls in media literacy and sex education programs.

"As a society, we need to replace all of these sexualized images with ones showing girls in positive settings-ones that show the uniqueness and competence of girls," states Dr. Zurbriggen. "The goal should be to deliver messages to all adolescents-boys and girls-that lead to healthy sexual development."»

American Psychological Association (APA)
http://www.apa.org

Notícia publicada em Medical News Today,19 Feb 2007

Imagem: Paula Rego, Snow White


Procrastinar


Assistência Sexual

Isabel Freire diz em seu blog :

Acho que o título do post de Ana Garrett (no seu Blog Depois do Trauma), foi muitíssimo bem escolhido! O texto que se seguia era este: «O governo Suíço decidiu formar acompanhantes eróticos para pessoas portadoras de deficiência. Um passo gigante no reconhecimento do direito ao prazer. Os objectivos desta formação prendem-se com questões muito simples: por exemplo, uma mulher tetraplégica pode apenas querer sentir a pele de um homem junto da sua, ou um jovem autista pode desejar ver uma mulher nua, ou um homem com espasticidade dos membros superiores pode necessitar de ajuda para se masturbar… isto pensando no princípio da heterossexualidade, no entanto aplica-se a orientações sexuais distintas, obviamente. Os domínios prioritários da formação focalizam-se no conhecimento das deficiências, no enquadramento legal e jurídico, na dinâmica institucional e em questões anatomo-sexuais. É necessário preencher determinados critérios para se candidatar a acompanhante erótico (idade, profissão, estado de saúde…) e os assistentes sexuais serão supervisionados pela Association Suisse Sexualité et Handicap Pluriels - SEHP

Texto retirado do blog de Ana Garrett, Depois do Trauma

Os Barebackers


"Os barebackers (praticantes do barebacking) se reúnem em grupos que cultuam a prática do sexo sem camisinha como se fosse uma religiăo. A questăo da transmissăo da AIDS é tratada de forma clara e objetiva. Eles afirmam que um adulto tem o direito e a obrigaçăo de fazer suas escolhas e de arcar com as conseqüęncias delas. Admitem que o barebacking é uma forma em potencial de transmissăo do vírus, mas assumem a responsabilidade do contágio. Para eles a vida é curta demais para ser desperdiçada ou mal aproveitada. Na verdade a transmissăo da AIDS é o foco central em que se estrutura a ideologia do barebacking. Há denominaçőes específicas para aqueles que buscam o contágio e para aqueles que disseminam o vírus.
(...)
Pela internet há milhares de sites que divulgam e defendem a prática, criando comunidades virtuais, páginas de encontro, perfis para os assinantes. Dessa forma, a internet surge como o principal meio de difusăo do barebacking, de agremiaçăo dos seus praticantes. Isso se torna um problema grave, pois ainda năo há uma legislaçăo específica para os chamados 'crimes de internet'. A prática do barebacking năo é enquadrada como crime, embora alguns países da Europa e Estados Unidos tentem aplicar a lei contra os barebackers.
(...)
Código linguístico Barebacker
Bug chasers: Homens soronegativos procurando se infectar com o HIV.
Bug Brothers: Grupo de homens soropositivos.
Gift Givers: Homens soropositivos predispostos a infectar os soronegativos.
The Gift: O virus HIV.
Conversion Parties: Festas de sexo grupal em que a prática do barebacking é liberada, em que os soronegativos (bug chasers) buscam os soropositivos (gift givers) para serem infectados pelo HIV.
Russian Roullet Parties: Festas de sexo grupal em que a prática do barebacking também é liberada, mas ninguém sabe quem é o soropositivo e quem é soronegativo.
Charged cum ou poz cum: Sęmen infectado pelo HIV.
Fuck of Death: Ato sexual em que a chance de que o vírus seja transmitido é alta.
WIKIPEDIA
Imagem: Publicidade Durex (China)
**Texto retirado do blog de Isabel Freire, Jornalista - Lisboa - Portugal
Autora dos Livros:
"Fantasias Eróticas - Segredos das Mulheres Portuguesas", editado por A Esfera dos Livros.
Texto retirado do blog de Isabel Freire

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Sexo com Pimenta no Casamento

Elizabeth Jane - erotic art



Preconceitos e contrariedades à parte, ai vai uma reportagem da revista CLÁUDIA intitulada "Sexo com pimenta no casamento" que abordou em "10" grandes cidades Brasileiras o que mais de 100 mulheres fazem para melhorar suas relações no casamento:

A medida da paixão

Nesse quesito, nossas entrevistadas estão dentro da média dos brasileiros. Para a maioria, o sexo rola toda semana. "Acredito que 50% da felicidade no relacionamento é determinada pela vida sexual. Se desse, faria todos os dias. Infelizmente não é possível por causa da correria. Mas estou satisfeita, porque eu e meu marido temos uma sintonia muito boa", diz a produtora carioca Ana Paula, 29 anos. Com dois filhos e a carreira, ela ainda tem fôlego para transar três vezes ou mais por semana. A jornalista Danielle, 31 anos, de Curitiba, tem relações uma ou duas vezes por semana e acha que está de bom tamanho para o seu gás. "Com a rotina - trabalho, casa, filhos -, me tornei um pouco preguiçosa. Tiramos o atraso nas férias. Aí estamos mais relaxados, sem compromissos, e acontece todo dia."

Qualidade aprovada

É certo que, com cinco anos ou mais de casamento, o sexo não é mais aquela coisa arrebatadora dos tempos de namoro. Mas, se de um lado os casais perdem o estado febril, por outro ganham em sintonia fina e cumplicidade. "Com o tempo e a intimidade, aprendemos a conversar mais e a deixar claro o que excita cada um", explica Carla, 38 anos, pesquisadora científica, de Campinas (SP). Quase todas as mulheres que ouvimos procuram meios de sair da mesmice e de evitar que o fogo apague. "Às vezes até realizamos fantasias como transar em locais públicos, no carro. As massagens com cremes antes, durante e depois também são tudo de bom", comenta Camila, 37 anos, psicóloga, do Rio de Janeiro, que está no segundo casamento.

A era da iniciativa

As mulheres não esperam mais, passivamente, o prazer - vão buscá-lo, com energia e imaginação. Uma boa parcela, de fato, ousa nas estratégias. "Faço show de striptease e preparo surpresas. Uma vez, fiquei esperando meu marido nua dentro da sala do seu consultório! Em outra, preparei um ambiente aromatizado, com velas e acessórios, e levei-o lá de olhos vendados", revela a fisioterapeuta paulistana Fernanda, 28 anos. A psicóloga Cristina, 36 anos, de Porto Alegre, é igualmente aberta: "Não tenho frescura, topo sexo anal, ir a motéis ou lugares diferentes, experimento o que aparece e agradeço". Para não deixar a monotonia se infiltra na cama a administradora Luciana, 32 anos, de Curitiba, conta com a ajuda do marido. "Gostamos de caprichar nas preliminares e ele sempre me abastece de brinquedinhos. Já me deu fantasia de tigresa, de Mamãe Noel, de colegial e uma coleção de calcinhas sexy."

Da necessidade do orgasmo

A pesquisa não deixa margem a dúvidas: estamos lidando melhor com essa questão. Uma grande porcentagem de leitoras chega ao clímax com freqüência, embora não faça dele o maior ou único objetivo da relação sexual. Se não acontecer, também vale. A psicóloga Ana Cristina Canosa, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, acredita que isso se deve ao fato de a mulher valorizar muito a cumplicidade e o carinho. "Em uma transa rápida, às vezes não há orgasmo e mesmo assim é legal. O sexo ajuda a aliviar o stress", garante Alexssandra, 28 anos, gerente comercial, de Curitiba. "Conheço muito bem meu corpo e vou atrás do que me leva ao clímax", diz Márcia, 38 anos, médica, de Salvador. A atitude do parceiro também ajuda. O meu não me apressa, se segura para gozarmos juntos", comenta Élida, 35 anos, bancária, de Belo Horizonte. A comerciante Rosângela, 31 anos, de Cuiabá, e o marido introduziram cremes, masturbação e brinquedos sexuais para garantir o êxtase. Assim fica mais gostoso", diz.

Masturbação sem restrições

Felizmente estamos perdendo o preconceito e admitindo que não há melhor maneira para conhecermos a própria sexualidade", observa Carmita Abdo."Com a masturbação, descobrimos onde, como e com que intensidade gostamos de ser tocadas. "Cléia, 31 anos, pecuarista, de São Paulo, concorda com a terapeuta. "Durante a penetração, gosto de me tocar em alguns pontos e peço a meu marido para fazer o mesmo. Assim,a nossa vida sexual melhorou muito ao longo dos anos." Já Rosa, assessora de comunicação, 30 anos, de Recife, prefere incluir a masturbação nas preliminares. "Nesse momento penso em coisas tão loucas que não conto nem para meu marido."

Sexo oral em alta

É pimenta pura. "Com ele, a estimulação clitoridiana é mais direta e rápida, o que facilita muitíssimo o orgasmo. A enquete mostra que as leitoras descobriram essa via extraordinária para chegar ao clímax", observa Ana Cristina Canosa. "É maravilhoso ver como meu marido pega fogo quando eu o estimulo assim", confessa Patrícia, 36 anos, dona-de-casa, de Porto Alegre. "Além de ser muito gostoso, faz a relação durar mais tempo, o que é ótimo", diz a professora mineira Denise, 39 anos.

Sexo anal sem tabus

A julgar pelo que diz boa parte de nossas entrevistadas, o sexo anal está perdendo o estigma - ainda que não chegue a entusiasmar a maioria delas. "Antes, eu achava que doía. Mas, com meu amadurecimento sexual, aprendi a fazer e até a ter um pouco de prazer. Meu marido procura os momentos certos, com amor e carinho", conta Andréa, 33 anos, assistente de eventos, de Salvador. Segundo Ana Canosa, ainda temos que derrubar vários mitos em torno do assunto. A comerciante Rosângela, 31 anos, de Cuiabá, já conseguiu. "Com os cuidados necessários e o uso de cremes anestésicos, é ótimo."

O combustível das fantasias

Pensar em sexo ao longo do dia é a receita da terapeuta Ana Cristina Canosa para seus pacientes. "É a fantasia que alimenta a libido", assegura. Nossas entrevistadas seguem a recomendação, cada uma à sua maneira. "Fantasia para mim não está relacionada,digamos, a uma lingerie de oncinha. Tem mais a ver com as surpresas e o inusitado. Adoro a idéia de sair para jantar e depois descer para o litoral,sem programação, aproveitando o clima do momento", descreve a ginecologista Stellamaris,36 anos, de Curitiba. "Com a cumplicidade de uma relação duradoura ficamos à vontade para fazer jogos eróticos e realizar fantasias", acrescenta."Isso me tira da rotina e me deixa mais selvagem",conta a comerciante baiana Renata,33 anos."Às vezes,pinta umas maluquices na cabeça:quem nunca se imaginou na cama com o George Clooney?", diz a analista financeira Ana Paula, 31 anos, de São Paulo.Já a professora de educação física baiana Kate, 27 anos, gosta de se imaginar transando com o marido em lugares públicos,como uma estrada."Acho que a gente já está fazendo sexo quando pensa:produz um clima."

Sex shops embaixa

Como se explica o fato de as sex shops não seduzirem nosso círculo de leitoras? "Entrar numa dessas lojas é quase uma confissão de que você foi buscar lá um estímulo para sua vida sexual, e muitas mulheres ainda têm vergonha de assumir esse impulso", analisa a psiquiatra Carmita Abdo. Prova disso são as palavras da arquiteta Thaís, 26 anos, de Cuiabá. "Morro de vontade de ir, mas sozinha não tenho coragem. Estou tentando convencer algumas amigas a me acompanhar. Depois de vasculhar tudo, quero levar meu marido." Gabriela, 34 anos, jornalista, de Porto Alegre, não vê necessidade: "Dá para incrementar a relação com cremes e massageadores que encontro em outros lugares". A secretária Janaína, 26 anos, de Brasília, está entre as entrevistadas que já foram conferir o que uma sex shop tem (30%). "Vou com meu marido e procuramos camisinhas coloridas, com cheiro ou formas diferentes, além de roupas íntimas temáticas. São excelentes para evitar que o casamento caia na rotina."

Gritos e sussuros

Ninguém definiu melhor o poder afrodisíaco das palavras do que a escritora Isabel Allende: "O ponto G fica no ouvido". Casada pela segunda vez, a produtora de moda Catarina, 40 anos, do Rio de Janeiro, também é enfática: "Tem que falar sempre! O segredo da grande transa está na criatividade com as palavras". Outra entusiasta é a professora Raquel, 37 anos, de Belo Horizonte. "Uma palavra bem colocada esquenta o sexo, deixa a gente mais ligada." Isabel, 38 anos, jornalista, de Campinas, faz só uma ressalva: "Eu sou romântica, por isso dispenso comentários duros ou violentos".

Nada de troca-troca

Sexo bom é sexo a dois. Disso nossas entrevistadas não abrem mão. Fantasiar um suingue ou uma relação a três é ótimo, mas que fique por aí. "O marido é meu, não quero esse negócio de trocar", diz a contadora Ana Cristina, 35 anos, de Salvador. "Se existe amor entre os dois, não cabe mais ninguém", avalia a analista de controle Alessandra, 31 anos, de Recife. O que impede a pedagoga carioca Patrícia, 38 anos, de levar a experiência adiante não é a convicção, e sim o medo. "Gostaria muito de saber como é a dupla penetração. Eu e meu marido já fizemos uma experiência com a ajuda de um vibrador, mas não senti nada demais. Acho que com dois homens seria diferente. Mas falta coragem."